O Serviço de Anestesiologia do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, tem agora uma consulta anestésica pré-operatória "pensada e desenhada" especificamente para utentes pediátricos, que, à observação clínica de uma consulta de anestesia, soma técnicas adaptadas às necessidades emocionais das crianças.
De acordo com uma publicação partilhada pelo próprio hospital na sua página de Facebook, o principal objetivo desta novidade é "criar um circuito peri operatório agradável e seguro, reduzindo o stress emocional e minimizando a ansiedade de separação dos pais".
As crianças passam agora por este novo momento pré-operatório que se divide em duas fases, uma consulta de enfermagem, seguida depois por uma consulta médica com um anestesiologista. À sua espera, as crianças têm elementos de uma equipa de profissionais especializada em doentes pediátricos, constituída pelas enfermeiras Rita Sanches, Mónica Marcelino, Paula Nóbrega e Susana Mimosa e pelos anestesiologistas Maria Carp, Inês Martins de Carvalho, Joana Tinoco e Daniel Ribeiro.
Esta abordagem multimodal permitirá que as crianças participem e se familiarizem com o processo anestésico, com envolvimento prático no mesmo, para além da observação clínica habitual. São aplicadas técnicas de coping para promover a sua adaptação e habilidade de cooperação, incluindo a oportunidade de brincar com materiais cirúrgicos, como as máscaras faciais utilizadas para a indução anestésica de tipo inalatório. Sabe-se que o uso destas técnicas está associado a níveis reduzidos de ansiedade no dia da cirurgia.
Reconhecendo a influência direta da ansiedade dos pais na condição psicológica filhos, nesta consulta, realça a unidade hospitalar, "eles são também ativamente envolvidos e é-lhes disponibilizado material informativo para reforçar os aspetos mais relevantes inerentes ao período peri operatório, procurando esclarecer e suavizar as suas preocupações".
"A consulta pré-operatória, que tem uma importância vital de avaliação e preparação da criança para o procedimento cirúrgico, tem vantagens sociais, psicológicas e também económicas, com redução dos custos associados a potenciais cancelamentos cirúrgicos", acrescenta o hospital de Loures na mesma publicação.
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