Talvez já estejam distantes na memória os tempos de confinamento, em que a máscara e o recolher ao domicílio eram obrigatórios, uma vez que o ano de 2023 foi aquele em que voltámos ao dito normal - depois de dois anos sob estritas regras que visavam diminuir os contágios pelo coronavírus -, mas a verdade é que o vírus ainda circula.
Apesar de ter chegado ao fim a emissão de números diários em conferência de imprensa (saindo atualizações diárias de todos os meios de comunicação), a Direção-Geral de Saúde (DGS) ainda os divulga.
Este ano, desde 1 de janeiro até ao dia 5 de dezembro, foram reportados um total de 75.675 casos de infeção por Covid-19.
No mesmo intervalo temporal, foram registadas 1997 mortes de pessoas infetadas com Covid-19. Uma análise aos dados permite concluir que os meses com mais mortes foram janeiro, fevereiro, agosto e setembro - sublinhe-se que houve um pico de casos na sequência das Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
O dia com mais mortes ocorreu a 8 de janeiro, com 16 mortes - um número muito distante dos picos de óbitos durante a pandemia, que chegaram às várias centenas.
Analisando os dados disponibilizados pela DGS, nota-se um ligeiro aumento de casos nos meses de verão, tendência que veio a estabilizar já em outubro, com uma descida abrupta nos números diários.
Evolução do número de casos. © DGS
Evolução do número de mortes. © DGS
De notar que a partir do dia 18/05/2022 a contagem de novos casos diários passou a incluir as suspeitas de reinfeção, pelo que esta alteração ao método de contabilização de novos casos diários tem efeito retroativo e afeta a contabilização relativa a datas anteriores a 18/05/2022.
Segundo nota a DGS, deve considerar-se uma quebra de série na contagem dos novos casos diários, a partir de 29/09/2022, associada à alteração na estratégia de testagem verificada com a cessação do estado de alerta no âmbito da Covid-19.
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