Alex Batty, o jovem de 17 anos, que regressou ao Reino Unido no sábado, seis anos depois de desaparecer, foi representado, esta quinta-feira, por advogados numa audiência do Tribunal de Família nos Tribunais Civis de Justiça de Manchester, no Reino Unido.
Alex, que tinha 11 anos quando foi dado como desaparecido, agora com 17, ficará sob proteção legal especial.
Kirstin Beswick, advogada que representa o Oldham Borough Council, pediu que Alex fosse colocado sob a tutela do tribunal aos cuidados da sua avó - situação em que já estava antes de desaparecer com a sua mãe e avô em outubro de 2017.
A tutela significa que os juízes do Tribunal Superior continuarão a ser os tutores legais do jovem de forma a supervisionar seu bem-estar, fornecido pela sua avó com o apoio do Oldham Borough Council. A situação deve estender-se por mais dois meses até que o jovem complete os 18 anos.
A história de Batty
Alex voltou a Manchester no sábado à noite depois de ter sido encontrado a caminhar na beira de estrada por um motorista francês que o levou às autoridades. Terá sido sequestrado pela sua mãe e pelo avô e levou uma vida itinerante entre Espanha, Marrocos e França, em grupos que formavam uma comunidade espiritual.
Chegou a este último país no outono de 2021, onde viveu numa quinta gerida por um casal, que acolheu a criança sob a sua proteção enquanto a mãe vivia na comunidade, noticia o 20 minutos.
Este casal, Frederic Hambye e Ingrid Beauve, partilhou pormenores da vida do menino que, garantem, pensavam que se chamava Zack, até quinta-feira. Numa carta enviada ao Daily Mail, recordam que o rapaz chegou à sua propriedade em Camps-sur-l'Agly, acompanhado da mãe e do avô.
Ao perceberem que a família procurava um lugar para se alojarem, o casal ofereceu-lhes um teto e trabalho. O avô ficou responsável por realizar trabalhos de manutenção em troca de comida e alojamento para o neto.
"O Zach/Alex tinha livre acesso ao frigorífico e à nossa comida e adorava cozinhar", afirmam. No entanto, a mãe do jovem, Melanie Batty, não ficou na quinta, mas partiu em busca de uma comunidade espiritual para viver. Contudo, mantinha contacto com o filho.
O rapaz decidiu fugir no passado domingo depois de, alegadamente, a mãe ter referido que se iriam mudar para a Finlândia. No domingo, saiu de casa e andou durante quatro dias, antes de ser encontrado por um condutor preocupado que o avistou numa estrada no sopé dos Pirenéus, na manhã de quarta-feira. Foi a partir do telemóvel deste homem, Fabien Accidini, que tentou contactar a avó, no Reino Unido.
O jovem regressou a casa, em Manchester, no sábado, e disse estar "feliz por estar em casa no Natal".
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