"Em resultado da identificação da necessidade de reforço da oferta em diversas linhas no arranque da operação, verifica-se uma implementação gradual de todas as viagens adicionais previstas", pode ler-se numa resposta de fonte oficial da AMP à Lusa, após ser questionada se todos os horários já estavam a ser cumpridos.
Já quanto à afixação dos horários nas paragens, como previsto para a nova rede que entrou ao serviço há três meses, a AMP refere que "estão a ser ultimadas algumas das alterações à rede em função das necessidades dos passageiros identificadas pelos municípios, pelo que os horários serão publicados em breve com a devida atualização".
A Lusa questionou ainda quantos municípios já tinham instalado os postaletes com a numeração das linhas da Unir e em quantos faltam instalar, tendo a AMP apenas respondido que "considerando o impacto desta operação na gestão da via pública, da competência dos municípios, esta tarefa está a ser realizada por estes".
Quanto aos veículos em operação, a Lusa questionou quantos faltavam entrar ao serviço, e a AMP respondeu que "os operadores dispõem de frota suficiente para a realização da operação, ainda que não estejam ao serviço todos os autocarros da frota definitiva".
De acordo com uma reportagem da SIC feita com o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, faltam pôr em operação 120 de 750 autocarros em circulação na rede Unir.
"Existem ainda viaturas sem a caracterização da marca Unir por se tratarem na maioria de veículos temporários que serão substituídos assim que estiver disponível a frota definitiva", refere também a AMP, referindo que o atraso se deve "ao facto de os prazos de entrega das viaturas por parte dos fornecedores ser atualmente mais demorado ao qual se junta ainda o prazo para homologação e licenciamento".
Segundo a AMP, "apesar da demora, importa referir que, uma vez em serviço a frota definitiva, esta corresponderá a um nível de qualidade superior em termos de emissões e idade média face à apresentada em sede de concurso".
Já relativamente à falta de informação do destino na bandeira dos autocarros, a AMP refere que "esta situação apenas subsiste em parte da frota de um dos lotes [lote 4, Vila Nova de Gaia e Espinho], tendo a AMP já instado o operador [Transportes Beira Douro] a resolver as questões técnicas que provocam este problema, cuja resolução se admite seja rápida".
A AMP refere ainda que as mudança da designação das linhas nos concelhos da Maia e de Matosinhos, que mantiveram a numeração que já existiam nas concessões anteriores da Maré e Maia Transportes, "ocorrerá quando estiverem reunidos os meios para a implementação em pleno do novo serviço", já que está "previsto um aumento expressivo da oferta nos municípios".
A AMP refere ainda não ter informação de falta de motoristas por parte dos cinco operadores, "com exceção do reforço necessário para fazer face ao aumento da oferta solicitado", referindo também que não teve mais conhecimento de episódios de vandalismo contra autocarros da rede.
Quanto à criação da empresa metropolitana de transportes, "o processo ainda aguarda o visto, tendo o Tribunal de Contas remetido um conjunto de questões às quais a AMP se encontra a preparar resposta", refere a entidade.
Na sexta-feira, vários utentes da Unir em Gaia ouvidos pela Lusa mantiveram as queixas relativas a falta de informação três meses após o início da rede de transportes rodoviários da AMP, mas também já observaram melhorias.
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