"O projeto de construção da escola está em pé, o que está faltando é o espaço" disse Ana Paula Fernandes, à margem da inauguração, na Beira, da exposição "50 Passos para a Liberdade: Portugal, da Ditadura ao 25 de Abril".
Há questões burocráticas pendentes sobre a atribuição ou indicação de um local para a construção do edifício, mas o projeto não está esquecido e será concretizado assim que se tiver o espaço, garantiu a presidente do Camões em declarações à Lusa.
"Depois de termos o espaço será desenhado o projeto e [calculado] o custo para a execução", adiantou a presidente do Instituto, em declarações à Lusa.
A Escola Portuguesa da Beira foi criada em 1991, por iniciativa de um grupo de pais que enfrentavam o problema da educação com mínimo de qualidade, dentro da língua e cultura portuguesa. Contudo, funciona ainda hoje em instalações precárias, atualmente com 120 alunos a frequentar do 1.º ao 9.º ano de escolaridade.
O Governo português criou, em outubro passado, por portaria, o polo da Beira da Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPM-CELP), incorporando a atual escola, cuja formalização pública foi feita em dezembro, na presença do secretário de Estado da Educação, António Leite.
Na ocasião, António Leite, disse que o objetivo era ter na cidade da Beira uma escola do género do estabelecimento sede, em Maputo, que conta com 1.621 alunos, do pré-escolar ao 12.º ano, com a construção de uma escola "de raiz" no espaço de três a cinco anos.
"Aquilo que neste momento temos previsto é que o próximo ano letivo, que começa em setembro de 2024, possa iniciar-se já em instalações que não serão ainda instalações definitivas, mas que serão instalações que reunirão melhores condições do que estas", garantiu o governante na ocasião.
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