Em comunicado enviado à agência Lusa, o autarca indicou que "na sequência dos graves incidentes ocorridos no passado sábado, no bairro das Quintinhas", em Estremoz, no distrito de Évora, relacionados com "o apedrejamento de equipas de bombeiros voluntários", no âmbito de "uma operação de combate a um incêndio nas imediações", manifesta o seu "total repúdio perante o sucedido".
O autarca, adiantou, que agradeceu e manifestou "solidariedade aos efetivos das corporações envolvidas", assim como aos comandantes das corporações de bombeiros de Estremoz, Alandroal e Vila Viçosa, aos quais manifestou o seu "total repúdio pelo ocorrido" e "a disponibilidade do Município para fazer face aos danos sofridos".
O presidente do município acrescentou que a "participação da ocorrência foi remetida para a Polícia Judiciária, órgão competente para a investigação e apuramento de responsabilidades perante o incidente ocorrido".
"De imediato convoquei, com caráter de urgência, o Conselho Restrito do Conselho Municipal de Segurança e na sequência desta reunião, que ocorreu na tarde de hoje, foi decidido solicitar ao Comando Distrital da PSP de Évora o reforço no policiamento dessa zona", realçou o autarca.
Na reunião, de acordo com o comunicado, foi ainda decidido solicitar uma audiência à ministra da Administração Interna.
Sobre este incidente, o presidente da Câmara de Vila Viçosa (Évora) defendeu hoje "mão pesada" da justiça para quem atacar os bombeiros e exigiu explicações após um carro da corporação do concelho ter sido apedrejado a caminho de um incêndio.
"Já não é a primeira vez que os bombeiros vão nas suas missões de socorro e sofrem estes ataques de forma gratuita, que são de lamentar, mas alguém tem de fazer alguma coisa", afirmou à Lusa o autarca de Vila Viçosa, Inácio Esperança.
Este ataque, segundo o comandante dos Bombeiros de Vila Viçosa, Nuno Pinheiro, ocorreu, no sábado à tarde, no bairro das Quintinhas, em Estremoz, quando uma equipa se dirigia para combater um fogo rural.
"Populares daquele bairro estavam a dificultar a passagem e, quando conseguimos passar, começaram a atirar pedras contra o veículo", explicou o comandante da corporação.
Nuno Pinheiro salientou que, do apedrejamento, não resultaram feridos e que apenas a viatura dos bombeiros sofreu danos nos vidros.
"O maior dano é na moral dos bombeiros, que vão para uma missão e são confrontados com estas situações", lamentou.
Nas declarações à Lusa, o presidente do município de Vila Viçosa revelou já ter transmitido a sua solidariedade à corporação e prometeu pedir explicações à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e ao Ministério da Administração Interna sobre o incidente.
[Notícia atualizada às 06h20]
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