Após o crime, na Escola Básica 1, 2 e 3 de Azambuja, no distrito de Lisboa, o aluno, de 12 anos, foi mantido numa sala de aula e ficou à guarda de elementos da GNR até ser interrogado pela Polícia Judiciária, que também realizou perícias no local.
Apesar de ter sido detido (como referiram também à Lusa outras fontes conhecedoras do processo), o menor não responde criminalmente, por ter menos de 16 anos.
A lei portuguesa prevê que possa ser aberto um inquérito tutelar educativo quando estão em causa factos qualificados como crime e praticados por menores entre os 12 e os 16 anos.
A Lusa questionou a Procuradoria-Geral da República sobre se o Ministério Público instaurou este inquérito, mas ainda não obteve resposta.
De entre os seis alunos agredidos - entre os 11 e os 14 anos, de acordo com a Câmara de Azambuja -, uma menina de 12 anos teve de ser levada para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, por inspirar mais cuidados.
Quatro alunos -- três raparigas e um rapaz - deram entrada no Hospital de Vila Franca de Xira e duas meninas tiveram alta ainda na terça-feira.
Hoje de manhã, fonte hospitalar indicou à Lusa que as outras duas vítimas permanecem na unidade em observação, depois de terem passado bem a noite.
A Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo disponibilizou apoio psicológico às crianças e aos familiares, bem como à comunidade escola.
O aluno de 12 anos esfaqueou os colegas "aleatoriamente", ao início da tarde, e tinha vestido um colete antibala, segundo o presidente do município, Silvino Lúcio.
A diretora da escola, Maria Madalena Miranda Tavares, anunciou na terça-feira, numa nota, que o estabelecimento iria reabrir hoje no seu horário normal, dando também conta da presença de psicólogos no local para apoiar "os alunos, professores e assistentes operacionais".
[Notícia atualizada às 11h43]
Leia Também: Surto? Aluno que esfaqueou 6 colegas na Azambuja seria alvo de bullying