Medidas de coação de suspeitos de rede de prostituição conhecidas amanhã
As medidas de coação dos três detidos suspeitos de integrar uma rede de exploração de mulheres para prostituição em Lisboa, dois dos quais polícias municipais, vão ser conhecidas na sexta-feira, disse hoje à Lusa fonte policial.
© iStock
País Justiça
O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP anunciou hoje que três pessoas entre os 40 e 45 anos foram detidas e duas constituídas arguidas no âmbito deste caso de crimes de tráfico de seres humanos e lenocínio agravado, que envolve dois agentes da Polícia Municipal de Lisboa.
Fonte policial adiantou à Lusa que os três detidos são os dois agentes e a mulher que geria o espaço, na zona do Chiado.
Segundo a investigação, referiu ainda a fonte, os dois polícias deslocavam-se ao local, muitas vezes fardados, para exercer algum tipo de pressão e intimidação junto das vítimas, para que colaborassem.
Na nota divulgada sobre o caso, o comando metropolitano indicou que o primeiro interrogatório judicial -- após o qual são conhecidas as medidas de coação aplicadas aos detidos - foi agendado para hoje.
De acordo com o comunicado, a investigação decorre "há cerca de um ano e meio" e permitiu identificar uma estrutura que "explorava mulheres para a prostituição, submetendo-as a condições degradantes e desumanas, obrigando-as a trabalhar de forma quase permanente, limitando a sua liberdade e autodeterminação".
Nesta estrutura, a mulher que geria o negócio "contava com diversos colaboradores", quer no espaço utilizado para a prostituição, quer como rede de apoio.
Na quarta-feira foram realizadas buscas domiciliárias, na zona da Grande Lisboa e no Algarve, que tinham como objetivo recolher indícios da pratica dos crimes.
Segundo a PSP, foram realizadas sete buscas domiciliárias - seis às residências dos suspeitos e uma ao local utilizado para a prática da prostituição - e foram cumpridas ainda buscas na Polícia Municipal de Lisboa, local de trabalho dos dois profissionais investigados.
Leia Também: Ação a Portugal por falhar transposição de lei para taxar multinacionais
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com