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OE2025? Contraproposta do Governo "aproxima-se de forma radical" do PS

O ministro dos Assuntos Parlamentares reiterou, porém, que a contraproposta nas negociações do OE2025 foi feita "sem ferir princípios basilares da governação".

OE2025? Contraproposta do Governo "aproxima-se de forma radical" do PS
Notícias ao Minuto

03/10/24 23:10 ‧ Há 2 Horas por Notícias ao Minuto

Política OE2025

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, considerou que a contraproposta apresentada, esta quinta-feira, pelo Governo, sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), é "extraordinariamente moderada e aproxima-se de forma radical das propostas originais do Partido Socialista (PS)".

 

Nesta quinta-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que, no âmbito das negociações do OE2025 com o PS, o Governo propôs a "diminuição de metade da taxa inicialmente prevista - ou seja, de apenas um ponto percentual" no IRC. Já sobre o IRS Jovem, a proposta seguirá o modelo já existente, alargando o benefício a todos os jovens, independentemente das suas habilitações, e aumentando de cinco para 13 anos o período de isenção.

Em entrevista à RTP, Pedro Duarte recordou que o próprio PS "defende o IRS Jovem", "defendeu no passado, quando foi Governo" e, agora, "a base da contraproposta do Governo é precisamente o tal IRS Jovem do PS, de forma mais aditivada".

Por isso, esta contraproposta é "um enorme esforço de aproximação do Governo às posições do PS", disse o ministro, admitindo que "o Governo ponderou e decidiu poder dar este passo de aproximação sem ferir princípios basilares da governação".

Governo abdica de metade da proposta de diminuição de IRC em 2025

Governo abdica de metade da proposta de diminuição de IRC em 2025

O primeiro-ministro apresentou a Pedro Nuno Santos uma contraproposta sobre a redução do IRC, que em vez de cair para 17% no final da legislatura decresce para 15%, sendo que em 2025 o corte é de um ponto percentual.

Lusa | 20:32 - 03/10/2024

Pedro Duarte aproveitou também para reconhecer que o Executivo não tem "maioria absoluta" no Parlamento, mas sim uma maioria "que é relativa", pelo que é necessário "encontrar pontos" em comum.

"O espírito do Governo é este, de abertura, de diálogo e de poder acolher propostas que não são originariamente suas. Estamos a dar um sinal de enorme tolerância, abertura, espírito de diálogo, de vontade de evitar crises e instabilidades políticas que só trariam problemas aos portugueses", rematou, vincando: "Se formos sérios, não estamos a abdicar do princípio da proposta, que é termos um regime favorável para os jovens em sede de IRS".

Os contornos da contraproposta

Nesta quinta-feira, o primeiro-ministro apresentou ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, uma contraproposta sobre a redução do IRC, em que, em vez de cair para 17% no final da legislatura, decresce para 15%, sendo que em 2025 o corte é de um ponto percentual.

"O Governo fixou como objetivo atingir os 17% de taxa de IRC, ao contrário do que tínhamos inicialmente proposto que era 15%, e fazê-lo no mesmo período", explicou Luís Montenegro, em conferência de imprensa após a reunião com Pedro Nuno Santos, acrescentando que a única decisão que está definida é "baixar um ponto percentual em 2025, o que quer dizer descida de 21% para 20%".

Além disso, o primeiro-ministro salienta que acolheram também "propostas de diminuição adicional que o PS propôs, seja em função das valorizações salariais, seja em função da capitalização das empresas ou diminuição da tributação autónoma sobre os veículos".

Já sobre o IRS Jovem, foi esta quinta-feira anunciado que a medida terá um custo estimado de 645 milhões de euros - contra os 1.000 milhões de euros antes estimado com a proposta inicialmente desenhada pelo Governo. Segue o modelo já existente, mas alarga o benefício a todos os jovens independentemente das habilitações e aumenta de cinco para 13 anos o período de isenção.

Os jovens beneficiarão de isenção total de IRS no primeiro ano, até ao limite de um valor de rendimento equivalente a 55 Indexantes de Apoios Sociais (IAS), o que corresponde grosso modo até ao 6.º escalão de rendimentos.

Segundo a proposta hoje apresentada a Pedro Nuno Santos, após um primeiro ano de isenção de 100%, segue-se uma isenção de 75% do segundo ao quinto ano, de 50% do sexto ao nono ano e de 25% do 10.º ao 13.º ano.

O limite de 55 IAS (cerca de 28 mil euros coletáveis anuais) aplica-se ao longo dos 13 anos em que os jovens podem beneficiar deste benefício fiscal.

Leia Também: Governo convoca sindicatos da função pública na véspera da proposta do OE

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