Ouvida na comissão parlamentar ao caso das gémeas, Teresa Moreno disse ter recebido um telefonema da diretora de departamento, após instrução do diretor clínico do hospital e no seguimento de uma solicitação de Lacerda Sales, a dizer que "tinha de marcar" uma consulta para as gémeas por indicação do então secretário de Estado.
A médica admitiu não ter contactado diretamente com o antigo governante, nem com "nenhum dos intervenientes", mas que essa solicitação vinda de um secretário de Estado a "irritou um pouco" e, por isso, referiu essa questão nos relatórios da consulta.
Teresa Moreno descreveu ainda o pedido como "atípico", mas explicou que acabou por agendar uma consulta para as gémeas para o dia 05 de dezembro de 2020, num esclarecimento em resposta ao deputado do CDS-PP, João Almeida.
A neuropediatra garantiu também, em resposta ao deputado do Livre, Paulo Muacho, que "não houve distinção" no tratamento médico das gémeas e que tomou conhecimento da consulta marcada, e posteriormente desmarcada, no Hospital dos Lusíadas apenas através da comunicação social.
A neuropediatra que acompanhou as gémeas luso-brasileiras que receberam o medicamento Zolgensma em Portugal foi ouvida, esta sexta-feira, na comissão parlamentar de inquérito ao caso.
Notícias ao Minuto | 15:02 - 11/10/2024
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