A Polícia de Segurança Pública (PSP) chegou ao taxista que fugiu depois de atropelar mortalmente, a 8 de setembro, um jovem de 21 anos, na Avenida dos Estados Unidos da América, na freguesia de Alvalade, em Lisboa, após encontrar o táxi acidentado, três dias depois, na zona de Marvila. O homem, que ficou hoje em prisão preventiva, só ontem foi detido pelos crimes de homicídio, omissão de auxílio e condução perigosa.
Numa nota enviada esta terça-feira ao Notícias ao Minuto, a Direção Nacional da PSP recorda que, após o atropelamento e face à informação recolhida junto das testemunhas, foi possível desencadear uma ação policial com vista à identificação do suspeito da prática da condução.
"Perante os elementos recolhidos, no dia 11 de setembro foi verificada a presença de uma viatura táxi acidentada, na zona de Marvila, que levou à identificação do suspeito, como sendo o condutor ao momento dos factos", revela a força de segurança.
Assim, a PSP, em articulação com o DIAP de Lisboa, desenvolveu todas as diligências processuais que suportaram a emissão de um mandado de detenção, com o objetivo de sujeitar o suspeito a primeiro interrogatório judicial.
"Reunidas as condições e no momento processual oportuno, projetou-se um conjunto de meios policiais que levou à detenção do suspeito, no dia de ontem, pelas 17h30, nas imediações da sua residência", lê-se.
Tal como já havia sido noticiado, o suspeito, com um vasto histórico criminal e com reincidência em crimes desta natureza, foi hoje presente a interrogatório judicial por estar fortemente indiciado da prática de um crime de homicídio, um crime de condução perigosa e um crime de omissão de auxílio, tendo ficado sujeito à medida de coação de prisão preventiva.
É de realçar que, segundo informações adiantadas pela CNN Portugal, o homem foi detido por especulação, dois dias após o atropelamento, e novamente libertado. Desde então, continuava a conduzir e não havia sido detido pelo homicídio.
Quando, em setembro, matou o jovem, identificado como Afonso Gonçalves, enquanto este atravessava uma passadeira, com o semáforo no verde para os peões, o suspeito estava em liberdade condicional por ter abusado sexualmente de uma criança em 2018.
A investigação prossegue sob a direção do Ministério Público da 13.ª secção do DIAP de Lisboa, coadjuvado pela PSP.
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