Emel registou 118 mil infrações ao estacionamento tarifado

A empresa de estacionamento de Lisboa (Emel) registou 118 mil infrações ao estacionamento tarifado no ano passado, mais do que a Polícia de Segurança Pública (PSP) e que a Guarda Nacional Republicana (GNR), segundo dados hoje divulgados.

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Lusa
19/09/2014 14:15 ‧ 19/09/2014 por Lusa

País

2013

Estas situações dizem respeito ao não cumprimento do artigo 71 do código da estrada, especificamente ao não pagamento da taxa de estacionamento, explicou hoje o presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que divulgou dados nunca antes trabalhados e referentes à fiscalização dos parques de estacionamento, feita pelas forças policiais e pelas entidades municipais.

Jorge Jacob intervinha no segundo dia do Congresso Ibérico de Estacionamento e Mobilidade, que decorreu no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade.

Ainda no distrito de Lisboa, a PSP registou 3.143 infrações e a GNR ficou-se pelas 75.

Estes dados "têm a ver com a oferta [de estacionamento], com as zonas tarifadas e com as máquinas criadas à volta destas zonas", assinalou o responsável.

No topo da tabela, a seguir em Lisboa, ficou Setúbal (com 14.663 contraordenações de não pagamento desta taxa), Leiria (11.923) e Faro (8.313).

Porém, os resultados não foram tão significativos no Porto (7.825). Jorge Jacob apresentou, como possíveis justificações, a "difícil gestão do processo contraordenacional", sendo que "as comunicações não são fáceis" e há falta de fiscais.

Para o presidente da ANSR, o diploma aprovado em Conselho de Ministros a 21 de agosto, e que ainda não está em vigor, possibilitará novas formas de fiscalizar as empresas de estacionamento.

Em declarações à agência Lusa, Jorge Jacob explicou que a nova legislação permitirá aplicar a taxa diretamente, ao contrário do que se passa atualmente em que é aberto um auto, identificado o condutor, o proprietário e a viatura.

Já com a reformulação do artigo 169 do código da estrada será possível "dar mais competências às câmaras para decidir" a aplicação das coimas e sanções, em vez de ser a ANSR a fazê-lo, defendeu.

Também presente, o presidente da Associação de Defesa do Consumidor (DECO) frisou que a entidade recebeu mais de meio milhão de queixas no ano passado, das quais apenas 16 eram relativas aos parques de estacionamento.

Contudo, "este ano ainda não terminou e já vamos em 20", apontou Vasco Colaço.

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