Os trabalhadores da saúde vão estar em greve na próxima quinta-feira. A paralisação inicia-se à meia-noite de quinta-feira e prolonga-se até às 24 horas do dia seguinte.
Trata-se de uma forma de exigir a aplicação das 35 horas semanais de trabalho, “cuja concretização o Governo está a retardar indefinidamente a pretexto das dificuldades orçamentais e da falta de pessoal, não cumprindo assim as promessas feitas anteriormente”.
“O Governo deixou de fora da aplicação imediata da Lei nº18/2016, os milhares de trabalhadores com contrato individual de trabalho que prestam funções nos hospitais EPE, protelando sucessivamente o início da negociação do acordo coletivo de trabalho que consagraria as 35 horas para estes”, critica a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.
Num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, os representantes dos trabalhadores explicam ainda que, “como se tal não bastasse, [o Governo] continua sem tomar quaisquer medidas para o recrutamento de novos efetivos que permita que os trabalhadores do contrato de trabalho em funções públicas gozem, como é de direito, as 35 horas semanais de trabalho e as sete horas diárias, dada a imensa falta de pessoal, designadamente, nas unidades hospitalares”.
É entender da federação que “os trabalhadores estão a acumular trabalho extraordinário que ainda para mais é pago segundo percentagens que foram reduzidas pelos governos anteriores, à conta da contenção orçamental, para valores indignos e que se exige que sejam revistos urgentemente”.