Divergência entre Costa e Centeno é "sinal de falta de rumo e liderança"

O candidato à liderança do PSD não prevê "nada de bom para os próximos tempos" e salienta ainda a importância do PSD adoptar uma "atitude firme e vigilante enquanto maior partido da oposição".

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Mafalda Tello Silva
16/12/2019 14:54 ‧ 16/12/2019 por Mafalda Tello Silva

Política

Pinto Luz

Miguel Pinto Luz, um dos candidatos à presidência do partido laranja, defendeu, esta segunda-feira, que a "clara divergência" entre António Costa e Mário Cento - a propósito das próximas dotações orçamentais para a zona euro - é uma demonstração de que o "Governo, ainda há pouco empossado, já dá sinais evidentes de falta de rumo, falta de consistência e falta de liderança". 

Num texto divulgado nas redes sociais, o vice-presidente da Câmara de Cascais considera que o primeiro-ministro ao "pronunciar-se" contra "Mário Centeno enquanto presidente do Eurogrupo" também está a ir contra o "exercício da tutela das Finanças em Portugal".

Pinto Luz justifica a falta de "rumo" e de "liderança" apontada ao Governo minoritário socialista referindo que vários ministros têm transmitido na comunicação social "a sua profunda insatisfação com as fatias orçamentais que lhes estão destinadas para 2020".

"Sempre com Centeno debaixo de mira: os estados de alma de cada um [ministros] transbordam para a praça pública, sem a menor noção de sentido de Estado", acrescenta.

O candidato, que defronta Rui Rio e Luís Montenegro em janeiro, atira ainda que "Costa faz que manda mas não manda no ministro das Finanças" e que "Centeno faz que anda por cá mas só pensa é em andar por lá".

Pinto Luz conclui que "não auspicia nada de bom para os próximos tempos" e que, por isso, o PSD não pode abdicar "nem um só momento" de ter uma "atitude firme e vigilante enquanto maior partido da oposição".

Além do vice-presidente da Câmara de Cascais, são candidatos à liderança do PSD o atual presidente Rui Rio e o antigo líder parlamentar Luís Montenegro. As eleições diretas para escolher o próximo presidente social-democrata realizam-se em 11 de janeiro, com uma eventual segunda volta uma semana depois, e o Congresso entre 7 e 9 de fevereiro, em Viana do Castelo.

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