Francisco Rodrigues dos Santos esteve hoje numa farmácia junto ao Campo Pequeno, em Lisboa, a explicar aos poucos cidadãos que encontrou a proposta da criação de um 'vale farmácia', que o partido quer ver inscrita no Orçamento do Estado para o próximo ano.
"O vale farmácia é um cartão que é atribuído aos idosos de mais de 65 anos com baixos rendimentos para apoiar na compra de remédios na farmácia. É um cartão que lhes é entregue, que é aceite como meio de pagamento nas farmácias, e que no ato da compra paga integralmente os mediamentos prescritos pelo médicos a todos os idosos com mais de 65 anos, que aufiram um rendimento abaixo de 351 euros", explicou aos jornalistas.
De acordo com o líder centrista, "para todos aqueles que auferem uma pensão entre 351 e 655 euros, no ato da compra têm imediatamente um desconto de 50%", e a proposta prevê também "uma cláusula de salvaguarda que impede que qualquer idoso fique com um rendimento disponível, depois da compra dos medicamentos, abaixo dos 351 euros".
O presidente do CDS disse esperar que a proposta seja aprovada pelo parlamento no debate da especialidade que decorre esta semana, pois "é uma medida que ajuda os portugueses" e porque "o universo de aplicação teria imensos beneficiários e seria um acrescento da qualidade de vida para milhares de portugueses".
Ainda assim, não tem a certeza de que a proposta será viabilizada, uma vez que "não há" negociações com outros partidos com esse objetivo.
"Deve ser avaliado o mérito da proposta, o valor acrescentado, e o que pode ajudar em termos de alcance dos portugueses para poder vir a ser aprovada", pediu.
Questionado se compreenderá caso a proposta seja rejeitada, o presidente centrista respondeu que "de maneira nenhuma", falando num "um ataque aos idosos, àqueles que precisam de ajuda numa altura de crise pandémica, que não têm dinheiro para comprar os seus medicamentos, que são expostos à pobreza, à doença e também à exclusão".
"Com esta aprovação do 'vale farmácia', nós conseguiríamos colmatar uma deficiência do nosso sistema de apoios sociais, e daríamos qualidade de vida, dignidade e amor aos idosos que precisam que o Estado não lhes vire as costas, sobretudo nos momentos mais difíceis", advogou também.
Rodrigues dos Santos justificou que os idosos estão "mais expostos à pobreza, à exclusão e à doença", pelo que cuidar dos mais velhos "é um imperativo não só ético, como também político, do CDS", que "é partido humanista, tem que ter um olhar muito atento para os mais frágeis da nossa sociedade".
"E eu, que fui criado com os meus bisavós e os meus avós, não aceito que se trate os idosos como números ou como estatística, são pessoas cuja dignidade tem que ser protegida com todo o amor e com toda a dedicação", defendeu, indicando que estará "na linha da frente da proteção dos seus direitos".
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