Costa não faz "reformas. Perpetua-se no sistema não fazendo nada"
Manuela Ferreira Leite acusou o primeiro-ministro de ser o responsável por um bloqueio do sistema político português.
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Política Manuela Ferreira Leite
A convenção Movimento Europa e Liberdade (MEL) foi tema de análise por parte de Manuela Ferreira Leite, no habitual espaço de comentário na antena da TVI. A social-democrata teceu duras críticas ao clima de "suspeição, de preocupação" que se gerou em torno do evento político.
A ex-líder social-democrata defendeu que a controvérsia que se gerou traduz "o clima político que se vive no país". Em Portugal, sustentou, ou se é “socialista apoiado pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP” ou tudo “é perigoso e tudo mete medo”.
"Isto não é democracia. (…) não tem o mínimo dos sentidos que haja qualquer tipo de suspeição, de preocupação e de limitação num encontro de pessoas que vão exprimir as suas ideias. Seria muito preocupante se não houvesse um fórum onde as pessoas pudessem exprimir as suas ideias”, advogou a comentadora.
A ex-ministra enviou ainda farpas a António Costa, a quem culpa por um bloqueio do sistema político. "Não passa pela cabeça do Dr. António Costa fazer qualquer tipo de reforma. António Costa perpetua-se no sistema não fazendo nada. E isso, para nós, para o futuro do país, é o que há de mais trágico”, defende.
Recorde-se que o líder do Executivo criticou, hoje, a recente convenção do MEL, dizendo que, ao longo de dois dias de "reunião da direita, não se falou de um único problema que dissesse respeito à vida dos portugueses".
"Falaram de problemas que apenas dizem respeito a eles, num concurso de feira de vaidades para saber se regressa o antigo, se aparece um novo ou se mantêm o atual. Estão entretidos nas vaidades", comentou.
O facto de o Governo ter decretado uma requisição civil para travar uma greve dos inspetores do SEF durante o verão foi igualmente objeto de análise pela antiga ministra das Finanças. Para Manuela Ferreira Leite, é “absolutamente inaceitável” que o SEF tenha feito greve num momento tão crítico de retoma económica do país.
No seu entendimento, a requisição civil decretada era a 'arma' necessária para fazer face à anunciada greve já que o ministro da Administração Interna não soube tratar do caso.
"Tão levianos foram os sindicatos que decidiram uma greve no momento absolutamente inaceitável, como é o ministro ao tomar uma decisão sem perceber em que é que estava a mexer", rematou.
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