"Queremos mais, exigimos mais", diz Inês Sousa Real ao Governo sobre OE

A líder do PAN dirigiu-se hoje ao Governo de António Costa afirmando que o partido vai exigir "mais" nas negociações do Orçamento do Estado para 2022 e apontou o combate à "emergência climática" como prioridade.

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Lusa
06/06/2021 14:36 ‧ 06/06/2021 por Lusa

Política

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"E esta aqui é a nossa mensagem clara para o Governo de António Costa: queremos mais, exigimos mais do Governo", disse Inês Sousa Real no encerramento do VIII Congresso do PAN, depois de ter sido eleita.

E elencou que é necessário "proteger os oceanos, as florestas, os animais, reduzir o número de pessoas em risco e em situação de pobreza, o número de pessoas sem acesso à saúde e ao trabalho, reaproximar o ordenado mínimo da média europeia e trabalhar para um melhor nivelamento do salário médio".

Inês Sousa Real, que falava também perante o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, em representação do Governo, pediu também "mais e melhores investimentos na saúde, nos profissionais da educação, das forças de segurança, dos vigilantes da natureza e tantos outros profissionais-chave", defendeu que o Plano de Recuperação e Resiliência deve ser investido para "potenciar o empreendedorismo e a economia verde" e considerou ainda "fundamental uma aposta no sistema judicial e o combate à corrupção".

"E fica o alerta, o Governo tem de acompanhar estas reivindicações se queremos ter um país verdadeiramente justo e verdadeiramente sustentável", frisou, defendendo que, "acima de tudo, o próximo Orçamento do Estado tem de colocar também a tónica" naquele que considerou ser "o desafio" da sociedade, que é "o combate contra a emergência climática".

"Se um Estado se define também pelo seu Orçamento, então o Orçamento do Estado deve ser sim, e sempre, um Orçamento ambientalista, um orçamento animalista, que também seja promotor de um maior respeito por todas as formas de vida", frisou Inês Sousa Real, sustentando que "o combate às alterações climáticas pode e deve ser o veículo da transição para um modelo de desenvolvimento económico mais justo e sustentável do ponto de vista social e ambiental".

E deixou uma garantia: "não descansaremos, não baixaremos os braços, demore os anos que demorar, até chegar à altura da história política em que possamos dizer: este Orçamento do Estado é um orçamento PAN, este Governo é um Governo PAN, este país é um país que não deixa ninguém para trás e que realmente aposta em políticas públicas inclusivas, ecocêntricas, promotoras da dignidade inter-espécies e intergeracional".

Perante os delegados, a porta-voz lamentou que, "sem os devidos apoios, sem o devido empenho, sem o devido grau de compromisso e o devido financiamento, sucessivos governos continuam a empurrar para as organizações não-governamentais a responsabilidade e o trabalho que compete ao Estado, ao mesmo tempo que varrem para debaixo do tapete as vãs promessas feitas em tempos de corrida ao voto".

E disse "basta" ao financiamento das indústrias poluentes, da caça e da tauromaquia, à destruição dos meios naturais com obras como o novo aeroporto no Montijo e aos canis que são "depósitos de animais".

Mas também às "borlas fiscais" a "enterrar milhões e milhões de euros na banca", a "ignorar a corrupção", a "lesar o país com os mil milhões de euros em fugas de impostos para paraísos fiscais" e "basta de deixar quem mais precisa sem apoios sociais e sem políticas que resgate as pessoas de situações de pobreza ou vulnerabilidade social", frisou ainda.

O VIII Congresso do PAN esteve reunido este fim de semana no Hotel dos Templários, em Tomar, tendo os trabalhos sido pela primeira vez abertos inteiramente à comunicação social.

A lista única à Comissão Política Nacional (órgão máximo de direção política entre congressos), que é encabeçada por Inês Sousa Real, foi eleita hoje com 109 votos a favor, 14 brancos e dois nulos.

[Notícia atualizada às 16h13]

Leia Também: Daqui a dois anos, PAN apresenta-se às legislativas "para ser Governo"

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