"Achamos que é de muito mau tom haver algum governo, neste caso o Governo português e os candidatos do partido do Governo, utilizarem o PRR para fazerem campanha e de algum modo dar a entender às populações que elegendo candidatos do partido do Governo terão mais vantagens para poder aplicar o PRR", afirmou.
O líder do Volt Portugal, que participou numa arruada no Porto, considera que a ideia de que os candidatos socialistas possam ser beneficiados na utilização dos fundos do PRR "é inconcebível" e deve fazer Governo e candidatos refletir.
"Isso é inconcebível. Não é sério. Esperamos que tanto o Governo como os candidatos do Partido Socialista deixem de utilizar esse método que não é correto", declarou.
Apesar de defender uma intervenção por parte da Comissão Nacional de Eleições (CNE) nesta matéria, Tiago de Matos Gomes disse acreditar na "inteligência dos eleitores" para perceberem quando há "algum aproveitamento político", mas ainda assim apelou ao bom senso.
"Não gostamos que sejam entidades oficiais a infligir multas ou a proibir o que quer que seja e, portanto, espero que haja bom senso por parte do Governo e por parte dos candidatos do Partido Socialista para parar com esse tipo de propaganda", observou.
Para o também candidato à Câmara de Lisboa, o PRR deve ser aplicado nos municípios elegíveis para tal, "independentemente da cor do presidente da câmara do momento".
Tiago de Matos Gomes participou hoje, no Porto, numa ação conjunta de campanha com o candidato à presidência daquela autarquia, André Eira, do cabeça de lista à Câmara Municipal de Tomar, Mykhaylo Shemliy, e do eurodeputado Francisco Guerreiro.
Numa arruda que partiu da Pérgola da Foz, o presidente do Volt disse ainda ter como objetivo eleger um vereador para a Câmara do Porto, naquelas que são as primeiras eleições em que o partido se candidata.
Leia Também: Líder do CDS acusa Costa de "deslealdade perante os eleitores"