A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, disse esta segunda-feira em entrevista à RTP3, que não tem nada do que se envergonhar após a polémica em que se viu envolvida devido às empresas em que esteve vinculada.
A porta-voz indica que "há um oportunismo na suposta polémica" e aponta o dedo à Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).
"A CAP foi oportunista nos ataques que fez ao PAN", ataca ainda Sousa Real acrescentando que a "polémica das estufas não prejudica o PAN".
A porta-voz garante ainda: "Não tenho nada do que me envergonhar".
Relativamente às eleições que se aproximam, Sousa Real afirma que o partido não se identifica com a dicotomia esquerda/direita. Com eleições legislativas à porta, Inês Sousa Real diz acreditar que os portugueses vão renovar a confiança que têm no partido, indicando que o partido precisa de crescer mais para avançar com as suas causas.
"Não nos revemos nesta dicotomia que tem persistido no nosso país, menos ainda de achar que o poder esteja concentrado em apenas duas forças políticas, há outros modelos mais interessantes como o caso da Alemanha", apontou a porta-voz do PAN.
Para a porta-voz, possíveis acordos não têm tanto a ver com a esquerda ou direita, mas sim a aproximação às medidas e bandeiras do partido. Os direitos humanos, combate ao racismo ou xenofobia são algumas das linhas vermelhas para o partido e por isso, partidos de extrema-direita estão fora de questão para o PAN.
"Acreditamos que o PAN é um partido de presente e futuro", sublinha.
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