A porta-voz do PAN anunciou, esta quarta-feira, na SIC Notícias, que o partido está disponível para integrar um futuro Governo e fazer acordos quer com o PS quer com o PSD, após as eleições antecipadas de 30 de janeiro.
“Este tempo é precoce porque tínhamos de conhecer todos os programas, evidentemente. Aquilo que nos parece que não é saudável em democracia é que tenhamos sistematicamente uma bipartidarização em quem está no eixo do poder, entre PS e PSD. Aliás, entre o Bloco Central que também quando querem mudar a legislação se aliam facilmente […]. Esse tipo de fenómenos não são saudáveis para a democracia. O PAN vê com interesse sistemas como o da Dinamarca e da Alemanha, mais participados e com mais responsabilidade. Será importante ver qual é o compromisso que cada um destes partidos para que possa existir qualquer tipo de viabilização”, explicou Inês Sousa Real.
De acordo com a deputada, o objetivo mínimo do partido é manter os quatro deputados, pois, defende Inês Sousa Real, o “PAN faz falta ao país”, que ainda tem “um longo caminho para dar respostas”, por exemplo, na “transição ambiental”.
A parlamentar aproveitou a entrevista para lançar duras críticas aos “partidos tradicionais” que, segundo Inês Sousa Real, se apoderam das medidas do partido.
Antes de terminar a sua intervenção, a deputada afastou a ideia de o PAN ter sido afetado com a polémica que envolve as suas empresas. “Não creio de todo que será afetado. O PAN é um partido que tem-se demonstrado responsável, capaz de fazer avançar as suas causas e dar respostas aos vários desafios”, atirou, acrescentando que já esclareceu “tudo o que tinha a esclarecer, de forma absolutamente transparente”.
Recorde-se que o PAN apresentou esta quarta-feira a candidatura às eleições legislativas do próximo mês.
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