“Uma maioria absoluta do PS é um perigo para os professores"

Catarina Martins, coordenadora do BE, marcou hoje presença num encontro promovido pelo partido sobre a Escola Pública, na Biblioteca Palácio Galveias, em Lisboa.

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Beatriz Maio
08/01/2022 18:12 ‧ 08/01/2022 por Beatriz Maio

Política

Catarina Martins

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) comentou o programa que o Bloco de Esquerda apresenta nestas eleições para a escola pública, frisando que “uma maioria absoluta do Partido Socialista é um perigo para os professores e que “a Direita também não é resposta”, visto que, nas suas palavras, “disseram sempre que havia professores a mais e fizeram campanhas no país contra os professores”.

“O BE esteve tão perto de conseguir o respeito pela carreira dos professores, mas o PS e PSD juntaram-se para não permitir esse respeito”, reiterou Catarina Martins ao afirmar que atualmente muitos jovens “consideram que já não é caminho e não querem por isso ser professores”, o que deixa Portugal com apenas 1% dos docentes com menos de 30 anos.

Dado que a maioria das pessoas que dá aulas no nosso país tem mais de 50 anos, a coordenadora do BE reforça que “é previsível que metade dos professores se reformem ainda nesta década e por isso, se já há hoje muitas crianças que não têm os seus professores, teremos muitas mais sem professores se nada for feito muito rapidamente”.

“Não aceitamos como o PS e o PSD no seu programa fazem uma espécie de resignação a uma escola onde faltam professores”, frisou, constatando que “em novembro ainda havia 30 mil alunos sem professores" e agora, no começo do segundo período, são 11 mil.

Catarina Martins afirma ser preciso “vincular mais professores”, esclarecendo que “os professores não podem ser professores contratados durante décadas, têm de ter vinculo e, por isso, precisamos de apoiar os professores deslocados e acabar com o absurdo de pedir aos professores de pagarem para trabalhar”.

Contudo, não deixa de lado a importância tanto de “garantir uma formação pedagógica adequada”, como “de garantir que há respeito pela carreira de quem trabalhou toda uma vida”.

Leia Também: Catarina Martins questiona idoneidade do presidente do Novo Banco

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