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Rio diz que Costa agitou "dois papões" para assustar portugueses

O presidente do PSD, Rui Rio, considerou hoje que o secretário-geral do PS, António Costa, agitou "dois papões" para assustar os portugueses e aproveitar alguma desinformação que exista em relação ao programa eleitoral dos sociais-democratas.

Rio diz que Costa agitou "dois papões" para assustar portugueses
Notícias ao Minuto

22:50 - 13/01/22 por Lusa

Política Legislativas

"[António Costa] veio agitar dois papões. Um papão é que eu vou pôr a classe média a pagar a o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Não está escrito em nenhum lado, nunca disse isso. O PSD é por natureza um grande defensor da classe média, é justamente isso que o caracteriza", referiu Rio, em declarações aos jornalistas no final do debate com António Costa, no âmbito das eleições legislativas, no Capitólio, em Lisboa.

O outro "papão", prosseguiu o presidente social-democrata, "que é uma coisa também surrealista, é dizer que o PSD quer pôr os políticos a controlar a Justiça".

Na opinião de Rio, a estratégia de António Costa, com estas acusações, que fez durante o debate e repetiu no final em declarações aos jornalistas, é "tirar partido de algum desconhecimento que as pessoas possam ter, tentando acreditar numa coisa absolutamente abstrusa".

Rui Rio repetiu o que tinha dito antes do debate sobre a governabilidade depois das eleições: se vencer as eleições e não conseguir a maioria absoluta ou fazer maioria "preferencialmente" com o CDS-PP e a IL, o PS deve respeitar o resultado e apoiar um Governo do PSD. O contrário, garantiu Rio, também acontecerá se o PS vencer as legislativas.

No entanto, o presidente do PSD advertiu que Costa "atira-se para uma instabilidade enorme" se vencer as eleições, uma vez que não deixou claro com quem vai negociar se não atingir a maioria absoluta.

E deixou um aviso: se vencer o PSD, o PS não pode negociar com "má-fé", pedindo aquilo que sabe que não pode ser dado ou aquilo que cabe ao partido vencedor decidir.

Leia Também: SNS garante saúde para todos, diz PS. Não tem "mãos a medir", atira CDS

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