"É muito pesada a responsabilidade de mudar Portugal", comentou João Cotrim Figueiredo, dizendo que a mochila que usa atualmente está "por um fio", tal como o país, e a necessitar de ser substituída, assim como o governo.
Contudo, até 30 de janeiro, o liberal tem esperança de encontrar uma mochila adequada que aguente também com as 600 páginas do seu programa eleitoral e as muitas medidas propostas para mudar o país.
Além das mochilas, Cotrim Figueiredo virou a sua atenção para as tendas onde se vendiam malas e pastas, mas também aí não conseguiu encontrar e comprar nada que lhe agradasse.
"Não havia malas, nem pastas, mas não estou nada preocupado com isso", sublinhou, entre sorrisos e numa clara alusão à possibilidade de assumir determinada pasta em caso de integrar um governo de direita.
Para, logo de seguida, dizer que após as eleições legislativas vai discutir políticas e, só depois, ver o "tamanho e cor" da mala a comprar.
E, enquanto ia percorrendo o recinto da feira e tirando `selfies´, o presidente da IL garantiu que não irá viabilizar um governo do PS, PCP, BE ou Chega.
Falando que a sua posição é, neste aspeto, "claríssima", o liberal teve a oportunidade de comprar um "relógio anti-Chega", isto segundo o feirante, mas optou por não o fazer por já ter muitos.
"Não puxe por mim", pediu o liberal que, pelo caminho, se cruzou com uma comitiva do PSD onde, além de abraços, houve votos de boa sorte de ambas as partes.
A comitiva da IL, sem fazer concorrência aos demais feirantes, ia "vendendo o seu produto" e apregoando que com eles "é tudo a 15% de IRS".
A meio do percurso, João Cotrim Figueiredo foi interpelado por uma senhora que, mais do que o IRS, estava preocupada com o estado da saúde em Portugal, nomeadamente com o facto de estar sem médico de família há oito anos.
"Consegue fazer algo? É que para ter consulta tenho de ir para a porta do centro de saúde à 01:00", frisou.
O presidente liberal garantiu que a saúde é uma das suas bandeiras, estando empenhado em reformar o Sistema Nacional de Saúde (SNS) e acabar com situações semelhantes.
Apesar dos gritos "dia 30 Portugal é liberal" que assinalavam a presença da comitiva, Cotrim Figueiredo conseguiu ouvir um feirante dizer "este é dos bons, que eu sei, gosto de o ouvir falar" e, na abordagem, perguntou se tal afirmação era suficiente para contar com o seu voto.
Aproveitando a atenção do dirigente liberal, o feirante aproveitou para queixar-se do preço a pagar pela ocupação do espaço, algo partilhado por outros.
"Fomos os primeiros a ir para casa, por isso, o que peço é que se lembre de nós no futuro e não apenas nas campanhas", vincou uma comerciante de azeite.
Cotrim Figueiredo sublinhou que costuma ir às feiras, não só em período de campanha política, porque gosta daquele "clima de confusão organizada" de pessoas a fazer pela vida.
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