Eurodeputada do PS pede combate à desinformação como a de Elon Musk

A eurodeputada do PS Ana Catarina Mendes instou hoje a União Europeia (UE) a monitorizar a "utilização das redes sociais para fins de manipulação e maliciosos", como a que diz ser feita pelo empresário norte-americano Elon Musk.

Notícia

© Horacio Villalobos/Corbis via Getty Images

Lusa
16/01/2025 15:57 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

Redes Sociais

Num projeto de relatório sobre o Estado de Direito na UE, hoje entregue no Parlamento Europeu e que será agora votado, Ana Catarina Mendes recomenda que "a Comissão e os Estados-membros monitorizem a interferência estrangeira, particularmente a utilização das redes sociais para fins de manipulação e maliciosos, incluindo a sua utilização por indivíduos como Elon Musk, para influenciar a opinião pública e espalhar a desinformação na Europa".

 

Para a parlamentar socialista, "a Comissão deve assegurar que o Estado de Direito seja corretamente implementado corretamente nas instituições da UE".

No documento, Ana Catarina Mendes manifesta "preocupação com a interferência estrangeira nos Estados-membros", classificando como "inaceitáveis" aquelas que dizem ser as tentativas de Elon Musk "utilizar plataformas dos meios de comunicação social para manipular a opinião pública" no espaço comunitário.

Com Elon Musk a controlar a plataforma X (antigo Twitter) e depois de a Meta (dona do Facebook e do Instagram) ter retirado mecanismos de verificação de factos, a eurodeputada do PS apela à ação do executivo comunitário, instituição responsável pela monitorização da aplicação das recentes leis dos Serviços Digitais e dos Mercados Digitais, dirigidas às grandes plataformas.

"A Comissão Europeia e os Estados-Membros têm de utilizar todos os instrumentos legais disponíveis para responder à utilização das plataformas de redes sociais para manipular a opinião pública. As sistemáticas manipulações são uma interferência deliberada e um ataque direto à democracia", indicou Ana Catarina Mendes em comunicado.

A UE tornou-se, desde final de agosto passado e após um período de adaptação, a primeira jurisdição do mundo com regras para plataformas digitais como X, Facebook e Instagram, que passam a estar obrigadas a remover conteúdos ilegais.

Estas obrigações devem-se à entrada da Lei dos Serviços Digitais na UE, no âmbito da qual a Comissão definiu 19 plataformas em linha de muito grande dimensão, com 45 milhões de utilizadores ativos mensais, que terão de cumprir as novas regras.

A nova Lei dos Serviços Digitais foi criada para proteger os direitos fundamentais dos utilizadores 'online' e tornou-se numa legislação inédita para o espaço digital que responsabiliza plataformas por conteúdos ilegais e prejudiciais, nomeadamente desinformação.

Além disso, está em vigor na UE desde novembro de 2022 a nova lei dos Mercados Digitais, que estipula regras sobre o que as empresas tecnológicas com estatuto de 'gatekeepers' são ou não autorizadas a fazer na UE, uma espécie de lista negra com regras para estas grandes plataformas.

As companhias que não cumprem as novas leis podem ter coimas proporcionais à sua dimensão.

Leia Também: Ministério da Defesa alemão suspende atividade na rede social X

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas