O partido RIR (Reagir, Incluir, Reciclar) pediu este sábado a "demissão imediata" da ministra da Saúde, Marta Temido. Isto porque, na perspectiva do partido, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) "precisa de uma forte reestruturação e a ministra da Saúde já provou que não tem capacidade para a implementar", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
No mesmo documento, o partido agora liderado por Márcia Henriques socorre-se de uma série de exemplos que considera serem demonstrativos da situação: "O Hospital de Braga vai fechar a Urgência de Obstetrícia no domingo. Há dois dias atrás, no Hospital de Caldas da Rainha, morreu um bebé por falta de médicos obstetras. O Hospital Garcia de Orta esteve com urgências obstétricas encerradas durante a noite. O Hospital Beatriz Ângelo com constrangimentos semelhantes", pode ler-se no comunicado.
Além do mais, prossegue o RIR, "mais de um milhão de portugueses" estão neste momento "sem médico de família", ao passo que o "Tribunal de Contas aponta graves falhas no atendimento oncológico".
O partido fundado por Vitorino Silva considerou ainda que o "declínio acentuado do Serviço Nacional de Saúde" começou "muito antes da Covid-19" e que a "gestão da pandemia só correu bem no que respeita à vacinação, cuja competência a ministra da Saúde delegou num militar".
Num contexto desta natureza, o RIR acusa assim a ministra que tutela a pasta da Saúde de prestar "declarações vergonhosas, desresponsabilizando-se por completo". O primeiro-ministro e o Presidente da República, por sua vez, "assobiam para o lado", pode ler-se na mesma nota.
"Não queremos que seja o Cabrita desta legislatura", refere ainda o partido encabeçado por Márcia Henriques, referindo-se a Marta Temido.
Recorde-se que o fundador do RIR, Vitorino Silva, pediu a demissão da liderança do partido no mês de abril, tendo a até agora vice-presidente do RIR, Márcia Henriques, assumido o cargo de presidente do partido.
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