O PCP Algarve considerou que o encerramento da urgência de Ginecologia e Obstetrícia do hospital de Portimão, até à próxima segunda-feira, 20 de junho, “ é o resultado da cedência aos grupos privados de saúde”.
Ao recordar que o encerramento ocorre devido “à dificuldade em assegurar escalas na maternidade e no bloco de partos”, os comunistas destacam, em comunicado, que esta situação se junta “aos encerramentos que têm ocorrido na urgência pediátrica do hospital de Faro”.
Para o PCP Algarve, a situação revela “não só a ausência de medidas que garantam a atração e fixação de médicos e de outros profissionais de saúde no SNS”, mas também uma política “que de forma indireta contribui para alimentar o negócio dos grupos económicos privados que lucram com a falta de resposta do SNS”.
O partido vai mais longe e defende ainda que, “ao contrário do que diz o Ministério da Saúde”, o “recurso em situações de urgência pediátrica apenas em Portimão, ou de urgência de ginecologia e obstetrícia apenas em Faro, não são solução”.
“As crianças e os pais algarvios precisam de ter a segurança de que, em qualquer eventualidade, as portas da urgência não se encontram encerradas, nem a saúde e a vida são postos em causa”, entendem.
Os comunistas relembram a “falta de profissionais de saúde em todo o Algarve – desde os cuidados primários, passando pelos hospitais, aos cuidados continuados” e lamentam a falta de resposta.
“Ausência que é inseparável das opções de PS, PSD, CDS, Chega e IL de favorecimento dos grupos privados de saúde”, aponta.
O PCP “exige que se tomem medidas urgentes com vista a garantir a atração e fixação de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, investindo nas suas carreiras e remunerações e combatendo o assalto que os Hospitais e Clínicas privadas estão a fazer aos profissionais do SNS”, lê-se.
O partido termina referindo que “medidas urgentes” só “não estão implementadas porque o Governo PS assim o tem recusado”.
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