PCP espera que sucessor de Temido "assuma responsabilidade de salvar SNS"

Paula Santos reforçou que "mais do que os rostos do Governo, aquilo que é importante neste momento é a necessidade de avaliação das políticas".

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Beatriz Maio
30/08/2022 11:59 ‧ 30/08/2022 por Beatriz Maio

Política

Saúde

A atual presidente do Grupo Parlamentar do PCP, Paula Santos, comentou esta terça-feira, a demissão da ministra da Saúde Marta Temido, destacando que, "mais do que os rostos do Governo, aquilo que é importante neste momento é a necessidade de avaliação das políticas".

Perante esta decisão, Paula Santos argumentou que "o que se exige ao Governo são as medidas para dar a resposta que é necessária", que nas suas palavras, assentam não só numa "mudança nas políticas", como no "reforço de valorização de garantia do SNS com qualidade", ou seja "reforçar a sua capacidade de resposta".

Para a presidente do PCP, para além da necessidade de "políticas que reforcem o SNS", é também fundamental valorizar "as carreiras e remunerações dos profissionais de saúde para que optem por desempenhar funções no SNS".

"O SNS [Serviço Nacional de Saúde] não se reforça numa lógica com uma opção política de privatização como aponta o estatuto, mas com a valorização dos seus trabalhadores e aumentando a sua capacidade de resposta", defendeu a comunista.

O PCP salientou que "estamos perante um estatuto que não vai ao encontro daquelas que são as necessidades do SNS, que não serve e é contrário aquelas que são as necessidades", destacando a "necessidade fundamental de se adotar as medidas que são necessárias para salvar o SNS" que, na sua visão, passa pela "valorização dos profissionais e das suas condições de trabalho e também pelos investimentos que são necessários para reforçar a capacidade do SNS".

Quanto ao sucessor de Marta Temido, Paula Santos expressou que espera que "aquele que vier a ser o sucessor assuma a responsabilidade de salvar o SNS", tal como diz que deve fazer o Governo. "Seja qual for o sucessor", revelou.

Para o partido comunista, a questão baseia-se nas opções políticas que serão adotadas pelo Governo questionando se continuará num "caminho de inação que vai cada vez mais no sentido de fragilizar e entregar a área da saúde aos grupos provados do negocio da doença ou no sentido de valorizar o SNS".

A demissão da ministra constitui a primeira baixa de 'peso' no XXIII Governo Constitucional, que tomou posse há exatamente cinco meses, em 30 de março. Marta Temido iniciou funções como ministra da Saúde em outubro de 2018, sucedendo a Adalberto Campos Fernandes, e foi ministra durante os três últimos três executivos liderados pelo socialista António Costa.

Leia Também: BE. "Esta tragédia não define o SNS nem os profissionais de saúde"

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