Luís Montenegro, líder do Partido Social-Democrata, comentou esta terça-feira a polémica em que se encontra Rodrigo Gonçalves, membro da Comissão Política Nacional (CPN) do PSD, que é um dos visados, junto de Isaltino Morais, em buscas por parte da Polícia Judiciária, no âmbito de suspeitas de crimes de corrupção, conforme avançou a CNN Portugal.

Questionado pelos jornalistas, em Ponte de Lima, Montenegro disse que a polémica não abala "o que quer que seja, porque não sabemos exatamente sobre o que é que incide e o tipo de responsabilidade que a cada pessoa visada é imputada".

"Seria absolutamente injusto para com um membro da CPN, ou mesmo qualquer outra pessoa que não seja do PSD, estar a fazer um juízo pré-definido sem conhecimento. Isso não faço, nem sobre ninguém da minha equipa nem sobre ninguém", continuou Montenegro.

O líder do PSD ressalvou, no entanto, que a criminalidade que está em investigação é "grave", e que o partido vai "analisar as implicações políticas que a própria investigação pode ter, independentemente da responsabilidade", prometendo ser "rápido" assim que tiver informação, até porque "há circunstâncias que podem determinar uma suspensão do exercício das funções políticas, pura e simplesmente para aguardar os termos ulteriores do processo, se os houver".

"Do ponto de vista político, agiremos em conformidade conforme a informação que apuraremos. Eu tenho muito bem presente aquilo que quero para o meu partido: se houver alguma realidade que induza que determinado elemento da CPN não está na plenitude da sua autoridade política para exercer essas funções, nem que seja de forma pontual, agiremos em conformidade", garantiu Montenegro.

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