Numa mensagem vídeo distribuído pela IL, o líder parlamentar, Rodrigo Saraiva, afirmou que, "infelizmente", o Presidente põe "todo o ónus da estabilidade no Governo, o que demonstra que deveria ele próprio ser mais criterioso e mais exigente" com o executivo num momento de crise política, após a demissão de três governantes em poucos dias.
A IL, segundo o deputado, revê-se parcialmente no diagnóstico que Marcelo Rebelo de Sousa faz na mensagem de Ano Novo, porque é o que "qualquer pessoa atenta fará", faltando-lhe falar sobre "o colapso dos serviços públicos, com destaque pela saúde".
Rodrigo Saraiva destacou as preocupações presidenciais que a IL partilha, a começar pela "incapacidade do Governo na gestão da coisa pública e de recursos financeiros", a "descolagem da realidade por parte do Governo" e ainda a "estabilidade ou a instabilidade que se tem sentido" da parte do executivo socialista liderado por António Costa.
E, acrescentou, foi por considerar que "este Governo tem sido incapaz de governar, de reformar e de gerir os recursos públicos", e também porque o país vive em instabilidade, que a IL apresentou uma moção de censura logo após a demissão, na semana passada, do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, devido ao caso da indemnização de 500 mil euros paga pela TAP à agora ex- secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis.
Na sua mensagem de Ano Novo, o Presidente da República alertou hoje que Portugal entra em 2023 obrigado "a evitar que seja pior do que 2022", que "não foi o ano da viragem esperada".
Marcelo Rebelo de Sousa avisou ainda que só o Governo e a sua maioria "podem enfraquecer ou esvaziar" a estabilidade política existente em Portugal, considerando que a maioria absoluta dá ao executivo "responsabilidade absoluta".
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