Disputa interna na IL? Cotrim diz ter "direito" de tornar clara opinião

O presidente cessante da IL respondeu hoje aos críticos internos que nada fez para seu "proveito ou conveniência", considerando ter direito a expressar a opinião sobre quem deve ser o futuro líder, que não pode ser "uma figura decorativa".

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Lusa
21/01/2023 13:48 ‧ 21/01/2023 por Lusa

Política

Iniciativa Liberal

No último discurso enquanto presidente da IL que fez esta manhã na convenção do partido, João Cotrim Figueiredo considerou injustas algumas das críticas que lhe foram feitas internamente durante a campanha eleitoral, entre as quais aquelas sobre o apoio imediato que deu ao candidato Rui Rocha.

Para o ainda presidente da IL, os seus direitos como membro do partido não ficam diminuídos, "em especial quando tanta coisa importante está em causa nesta eleição".

"O presidente não deve ser uma figura decorativa. (...) Tenho o direito e tenho o dever de tornar clara a minha opinião em público e foi o que fiz", assegurou, ressalvando que a decisão dos liberais é soberana e que os membros pensam "pela sua própria cabeça".

Dirigindo-se diretamente "a todas essas críticas e a todos esses críticos", João Cotrim Figueiredo quis deixar uma resposta "olhos nos olhos": "tudo, mesmo tudo, o que fiz não foi para meu proveito ou conveniência, mas sempre e exclusivamente para o bem da Iniciativa Liberal. Não sei se todos os críticos podem dizer o mesmo".

Num discurso em que se emocionou na reta final e que terminou com uma ovação de pé da sala, o presidente cessante antecipou que a IL continuará unida depois das eleições internas porque os adversários do partido "estão lá fora, não estão cá dentro".

"Eu continuarei ao vosso lado, agora como membro de base, sem cargos, sem favores, sempre disponível para servir a causa liberal dentro das minhas capacidades e no respeito pela minha consciência. Isto não é um adeus, é um até sempre. Sempre, sempre a bem da Iniciativa Liberal e a bem de Portugal", prometeu.

Assumindo orgulho em todas as conquistas feitas pelo partido com a sua liderança, Cotrim Figueiredo reconheceu que a adaptação da estrutura e do partido foi insuficiente tendo em conta o seu crescimento.

O presidente cessante assume que a IL esteve sobretudo "virado para fora", mas porque disputou cinco eleições em pouco mais de dois anos, um trabalho feito com "uma estrutura pequena, de pessoas de enorme capacidade e dedicação".

Aceitando essas críticas, o liberal garante que, se tivesse que tomar essa decisão de novo, entre "um partido virado para dentro e um partido virado para fora", não hesitaria em voltar a virar a IL para fora.

"Voltaria a fazer essa escolha a bem da Iniciativa Liberal, a bem de um Portugal mais liberal", garantiu.

João Cotrim Figueiredo recusou ainda as críticas de ser autocrático, ou cabecilha de um comité central ou ainda centralista.

"Acusaram-me de falta de transparência, sem nunca conseguirem citar um caso em que me tenha furtado a dar explicações ou ter tomado decisões que prejudicassem o partido ou ter dito em pelas costas o que não disse pela frente", respondeu.

[Notícia atualizada às 14h02]

Leia Também: IL apresenta moção de censura ao Governo após demissão de Pedro Nuno

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