"Medidas foram anunciadas, mas não há uma política de Habitação"

Manuela Ferreira Leite, antiga líder do PSD, considerou que as medidas de apoio à Habitação apresentadas pelo Governo esta quinta-feira são uma “clara operação de marketing”.

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Notícias ao Minuto
16/02/2023 23:54 ‧ 16/02/2023 por Notícias ao Minuto

Política

Ferreira Leite

A antiga líder do Partido Social-Democrata, Manuela Ferreira Leite, considerou, esta quinta-feira, que o pacote de medidas apresentadas pelo Governo para o setor da Habitação é uma "clara operação de marketing", que "não se baseava em nenhum estudo ou análise", diferenciando "medidas" de "políticas".

No programa Crossfire, da CNN, a antiga ministra das Finanças disse que não considera ter existido nenhum anúncio de uma política de Habitação, mas sim "um evento de marketing bem montado, de que o Governo estava a necessitar".

"Realmente, há uma data de medidas", admitiu Ferreira Leite, retorquindo: "Foram medidas, imensas, que foram anunciadas, mas não há uma política da Habitação, porque a política de Habitação, por força, tem, não só, habitação pública, como habitação privada. Os dois mercados têm de estar a funcionar."

A antiga líder social-democrata argumentou, aliás, que "é a habitação do setor privado que é o grande mercado de habitação", admitindo que algumas destas medidas apresentadas pelo Governo são "uma machadada final no mercado privado da habitação", referindo que "não há nenhum aumento no número de casas" no setor público.

"Vai buscar casas onde elas existem, ou porque estão devolutas ou porque é urgente, mas são casas que já existem, não há construção de novas casas", acusou, considerando: "Não é possível haver mercado privado sem ser na base da confiança, e não estou a ver que haja um grande incentivo para que o setor privado construa habitação para arrendamento, numa situação em que se prevê o congelamento de rendas."

O Governo anunciou, esta quinta-feira, um pacote de medidas previstas para, entre outros assuntos, lutar contra a especulação imobiliária e resolver as questões da Habitação, aprovado em Conselho de Ministros, que prevê, por exemplo, o arrendamento compulsivo de imóveis vazios ou o congelamento de aumentos de rendas em novos contratos.

Leia Também: Habitação. Investidores diz que pacote um "ataque à propriedade privada"

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