Numa pergunta dirigida ao Ministério das Infraestruturas, Firmino Pereira pede esclarecimentos sobre uma ideia que diz ter sido manifestada, em 2018, pelas câmaras de Vila Nova de Gaia e do Porto, quando as obras de reabilitação da ponte estavam a ser projetadas.
"No caso de ter sido apresentada proposta [pelas autarquias à Infraestruturas de Portugal (IP)] para a colocação de infraestruturas para o elétrico, por que razão a Infraestruturas de Portugal na empreitada de reabilitação da Ponte Luiz I não as executou?", pergunta o deputado do PSD.
Firmino Pereira quer, ainda, saber se caso "no futuro próximo for ponderada a colocação de infraestruturas para o elétrico o tabuleiro inferior da Ponte Luiz I", será necessária nova obra.
"Com a hipótese de permitir a passagem de elétricos, se estão quantificados os custos?", é outra das interrogações dirigidas pelo deputado social-democrata ao gabinete tutelado por João Galamba.
O tabuleiro inferior da Ponte Luiz I, entre o Porto e Vila Nova de Gaia, reabriu ao trânsito na sexta-feira, cerca de um ano e meio depois de ter fechado para obras de reabilitação, uma obra que se iniciou em outubro de 2021 e tive uma 'derrapagem' no prazo e nos custos.
Segundo disse à Lusa, no dia 15 de maio, a responsável da IP pela fiscalização da obra, Joana Moita, os atrasos deveram-se à descoberta de mais problemas na estrutura da ponte face aos inicialmente previstos.
O custo da obra, inicialmente estimado em 3,3 milhões de euros, acabou por ficar nos 4,2 milhões, tanto devido à intervenção mais complexa do que o esperado, mas também devido à crise das matérias-primas, ligada à guerra na Ucrânia, segundo a mesma responsável.
Reaberto na sexta-feira, no tabuleiro inferior não é permitida a passagem de carros para além de transportes públicos, incluindo táxis mas não TVDE, uma decisão que tem sido polémica.
"Esta ligação entre Porto e Vila Nova de Gaia é a única ligação à cota baixa, tendo as Câmaras do Porto e Vila Nova de Gaia decidido restringir a circulação do trânsito, exceto a transportes públicos, táxis e velocípedes. Dado não existir qualquer ligação à cota baixa entre as duas Cidades, considero nada fundamentada a interdição do trânsito, provocando constrangimentos a milhares de pessoas que não têm nenhuma alternativa", considera Firmino Pereira, conforme se lê no requerimento hoje dirigido à tutela.
Na segunda-feira, o vice-presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Patrocínio Azevedo, que dirigiu a reunião do executivo municipal, disse que as duas autarquias vão estudar a possibilidade de transportes turísticos e TVDE atravessarem a ponte Luiz I.
"Vamos estudar a possibilidades de TVDE, 'tuk-tuk' e autocarros turísticos poderem atravessar o tabuleiro da ponte", revelou o vice-presidente da autarquia após questionado sobre o assunto pelo vereador do PSD, Cancela Moura.
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