"O momento é de responder àquilo que são as necessidades do país"

O secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro recusou responder às questões dos jornalistas na XIII Convenção Nacional do Bloco de Esquerda sobre se falou, ou não, com o ministro das Infraestruturas na noite de 26 de abril sobre a intervenção do Serviço de Informações de Segurança (SIS).

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© Carlos Pimentel/Global Imagens

José Miguel Pires
28/05/2023 14:32 ‧ 28/05/2023 por José Miguel Pires

Política

SIS

Perante a forte insistência dos jornalistas, à saída da XIII Convenção Nacional do Bloco de Esquerda, o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro recusou-se repetidamente a responder às questões sobre a alegada conversa que teve com o ministro das Infraestruturas sobre a intervenção do SIS, na noite de 26 de abril, quando o ex-adjunto de João Galamba se dirigiu ao ministério para reaver o seu computador após ser exonerado.

"Percebo mesmo o trabalho dos jornalistas. Da parte do Governo dissemos sempre o mesmo: não vamos comentar a atividade da Comissão Parlamentar de Inquérito. Aquilo que nos parece importante responder é às necessidades dos portugueses", defendeu António Mendonça Mendes, evitando repetidamente responder à questão que os jornalistas faziam: "Foi, ou não, o secretário de Estado Adjunto que indicou ao ministro das Infraestruturas que contactasse o SIS na noite de 26 de abril?"

Uma e outra vez, Mendonça Mendes fugiu à pergunta, dando sempre a mesma resposta: "Há tempo para tudo. Aquilo que é importante é que o Governo possa continuar concentrado para as questões importantes para o país que é como resolver os problemas das pessoas."

Pelo meio, ia lançando as "respostas" que a governação socialista tem dado ao país, recordando a aplicação do "IVA zero" para reduzir o custo dos bens alimentares ou os aumentos na função pública que chegaram esta semana.

"Hoje no encerramento da Convenção a coordenadora nacional disse uma frase com que não podia concordar mais: Temos que concentrar no essencial", disse Mendonça Mendes, aparentemente considerando que o esclarecimento sobre a alegada chamada que teve com João Galamba - que o próprio ministro das Infraestruturas admitiu - não seria essencial.

A 26 de abril, o ex-adjunto do ministro das Infraestruturas foi exonerado, tendo acusado João Galamba de pretender omitir dados da comissão parlamentar de inquérito à TAP. Frederico Pinheiro deslocou-se até o ministério das Infraestruturas, então, para reaver o computador que utilizava para trabalhar, e que conteria dados confidenciais. Acabou por ser impedido, no entanto, por membros do gabinete de João Galamba, que Pinheiro acusa de o terem agredido.

Por sua vez, esses membros do gabinete acusam Pinheiro de agressões. Situação que terá culminado com a intervenção do Serviço de Informações de Segurança (SIS), de forma a reaver o computador alegadamente "roubado", como o próprio primeiro-ministro definiu.

Leia Também: Chega pede que Costa e Mendonça Mendes entreguem comunicações com Galamba

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