PSD e Chega formalizam pedido de audição da ministra da Defesa e de MNE
PSD e Chega formalizaram hoje o pedido de audição da ministra da Defesa Nacional e do anterior titular do cargo e atual ministro dos Negócios Estrangeiros, Gomes Cravinho, sobre "os factos vindos a público" sobre Marco Capitão Ferreira.
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Política Defesa
Em requerimento, os sociais-democratas recordam que a Comissão de Defesa aprovou esta semana a audição do então secretário de Estado da Defesa Nacional para prestar esclarecimentos sobre as notícias vindas a público sobre a celebração, em março de 2019, de um contrato de assessoria entre o próprio e a Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional.
O PSD diz não querer prescindir desta audição, já agendada para o próximo dia 12 de julho, "bem como dos documentos já solicitados para o mesmo efeito", mas diz estar consciente da nova condição de arguido, "que confere um conjunto de deveres e direitos" a Marco Capitão Ferreira, admitindo que possa estar indisponível para prestar esclarecimentos aos deputados da Comissão de Defesa Nacional.
"Tendo em conta a importância desses mesmos esclarecimentos, o grupo parlamentar do PSD vem requerer a audição urgente do ex-ministro da Defesa Nacional, Gomes Cravinho, na medida em que tinha a responsabilidade politica na altura em que ocorreram os factos imputados a Marco Capitão Ferreira e da atual ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, a fim de prestarem todos os esclarecimentos inerentes a estas matérias que têm vindo a ser tornadas públicas", pedem.
Marco Capitão Ferreira, cuja exoneração foi aceite pelo Presidente da República, foi, entretanto, constituído arguido no âmbito do processo "Tempestade Perfeita", que levou hoje a Polícia Judiciária a fazer buscas no Ministério da Defesa.
O Chega já tinha anunciado hoje de manhã que iria requerer a audição da ministra da Defesa. Num aditamento ao pedido de audição de Marco Capitão Ferreira, o Chega argumenta que importa aferir as razões pelas quais Helena Carreiras "manteve a confiança política no referido governante, apesar de todos os indícios que se avolumavam sobre ele".
"A não publicação há dois anos dos Relatórios e Contas da holding idD Portugal Defence, o chumbo do Tribunal de Contas ao contrato para a construção dos Navios de Patrulha Oceânica, as portas giratórias no universo das participadas da IdD, assessoria de 4 dias por Euro50.000, entre outras, seriam razões mais do que suficientes para a Sra. Ministra questionar a sua permanência no cargo", defende o Chega.
O Chega requer também a audição de João Gomes Cravinho, consirando que "muitos destes casos transitam da anterior gestão ministerial".
O Expresso noticiou hoje que o secretário de Estado da Defesa admitiu Miguel Fernandes, ex-administrador do Alfeite, para assessor da administração da 'holding' da Defesa, IdD Portugal Defence, mas que o gestor nunca foi visto a exercer essas funções.
Na quarta-feira, o parlamento aprovou a audição de Marco Capitão Ferreira para prestar esclarecimentos sobre um contrato de assessoria que o próprio assinou com a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN) antes de assumir o cargo de secretário de Estado.
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