O líder parlamentar da Iniciativa Liberal (IL), Rodrigo Saraiva, defendeu, esta quinta-feira, que o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, não tem "condições para estar no Governo".
A posição do liberal surgiu após a revista Visão ter avançado que Marco Capitão Ferreira colaborou com o gabinete do então ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, enquanto assessorava a Direção-Geral de Recursos e Defesa Nacional (DGRDN).
"Desde o início afirmámos que João Gomes Cravinho não tinha condições para estar no Governo", começou por referir Rodrigo Saraiva, na rede social Twitter, acrescentando que o ministro "estava fragilizado pelos casos na Defesa e pelo embate que teve com o Presidente da República".
"Sendo factual o que está hoje descrito na Visão, não há outra opção para António Costa além da exoneração", frisou.
Desde o início afirmámos que João Gomes Cravinho não tinha condições para estar no Governo. Estava fragilizado pelos casos na Defesa e pelo embate que teve com o PR. Sendo factual o que está hoje descrito na Visão, não há outra opção para António Costa além da exoneração.
— Rodrigo Saraiva (@rsaraiva) July 27, 2023
Na edição desta quinta-feira, a Visão avançou que Capitão Ferreira assessorou a DGRDN e trabalhou diretamente para o gabinete de João Gomes Cravinho, entre fevereiro e março de 2019, "sem qualquer vínculo".
Apesar de o ministro ter negado a informação, a Visão disse ter tido acesso a documentos e e-mails, além de ter recolhido testemunhos, que revelam que Capitão Ferreira "integrou um grupo que reportava diretamente ao ministro", que, segundo o próprio, se tratava de uma "comissioni fantasmi" ("comissão fantasma", em português).
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