O candidato do Livre falava aos jornalistas no âmbito de uma iniciativa que decorreu em frente à Assembleia Legislativa da Madeira, no penúltimo dia de campanha eleitoral oficial para as eleições de domingo.
Tiago Camacho, de 33 anos, referiu que "é normal" que o partido não apareça nas sondagens, uma vez que é a sua estreia em eleições regionais na Madeira, mas rejeitou estar preocupado com as projeções.
"As pessoas veem-nos como alternativa e percebem que a Madeira precisa de ter uma voz livre no parlamento [regional]. E acreditamos que, no dia 24 de setembro, vamos conseguir exatamente isso e essa será a verdadeira sondagem para a nossa região", apontou.
O candidato, que é operador de armazém e anda nas lides políticas desde 2017, sublinhou que o partido vai continuar a trabalhar e dar "o último 'sprint'" na campanha, "pedindo a toda a gente" um voto de confiança.
"Os nossos mínimos são 3.000 votos. Precisamos que 3.000 madeirenses e porto-santenses nos deem um voto de confiança", apelou.
Tiago Camacho considerou que a presença do porta-voz do partido Rui Tavares na região, no domingo e na segunda-feira, ajudou o partido, justificando que "muita gente o conhece e reconhece" o seu trabalho enquanto deputado na Assembleia da República.
Questionado se tem pena que Rui Tavares não regresse à Madeira antes das eleições, o candidato admitiu que sim, mas disse compreender.
"Temos pena, mas a agenda não o permite e obviamente seria de mau tom ele deixar de fazer o seu trabalho para participar em campanha política. Ele é um eleito do povo e tem de cumprir com as suas obrigações", afirmou.
Às legislativas da Madeira de domingo concorrem 13 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
Leia Também: Líder do ADN diz que Miguel Albuquerque é um "ditador"