Milhares de manifestantes têm saído, este sábado, às ruas um pouco por todo o país para protestar contra a crise na Habitação. Para além dos protestos que já aconteceram da parte da manhã noutros locais, na capital, milhares de pessoas começaram a reivindicar este direito por volta das 15 horas, na Alameda Afonso Henriques.
Foi pouco depois da hora marcada para o início dos protestos que uma multidão começou a gritar contra a presença de deputados do Chega. "Fascistas não passarão", gritaram os manifestantes.
"Estamos num país, se acham que somos fascistas, é um problemas deles. Somos democratas. Viemos para para defender quem precisa de habitação condigna e em condições", respondeu Rui Paulo Sousa quando questionado pela CNN Portugal sobre esta recepção.
Dados os tumultos que se criaram ao redor dos deputados, a Polícia de Segurança Pública (PSP) teve de intervir, fazendo um cordão de segurança ai redor de Rui Paulo Sousa e Filipe Melo.
"A habitação é um direito de todos. Não é um direito da extrema-esquerda. Viemos associar-nos às pessoas que precisam realmente de habitação e fomos recebidos com insultos", afirmou Filipe Melo, acrescentando que o Chega apresentou uma proposta na Assembleia da República que foi recusada, referindo-se à utilização dos lucros extraordinários da banca. "Estamos completamente contra o programa Mais Habitação, que não serve as pessoas", afirmou.
Questionado sobre se não previu que iriam ser recebidos desta forma, Filipe Melo reforçou que se quiseram associar "de forma pacífica".
Os deputados referiram que apesar dos tumultos não iriam abandonar a manifestação. "As ruas não são da Esquerda. As ruas são dos portugueses", sublinhou.
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