"Primeiro objetivo de Israel devia ser salvar reféns pela via negocial"

As palavras são da antiga eurodeputada Ana Gomes em comentário à resposta levada a cabo por Israel na sequência do ataque perpetrado pelo Hamas.

Notícia

© Getty Images

Inês Frade Freire
23/10/2023 08:08 ‧ 23/10/2023 por Inês Frade Freire

Política

Ana Gomes

A antiga eurodeputada Ana Gomes referiu, no domingo, que "Israel não está a reagir com proporcionalidade" em resposta ao ataque perpetrado pelo Hamas, porque "está a cometer crimes de guerra e crimes contra a humanidade".

No seu espaço de comentário na SIC Notícias, Ana Gomes afirmou que, embora considere que Israel "tem o direito de se defender", "o primeiro objetivo de Israel devia ser salvar os reféns através de uma via negocial" e não "arrasar".

"Sem dúvida o pior de tudo está a ser a punição coletiva que está a ser infligida ao povo, aos civis de Gaza, que é insustentável porque se as pessoas não morrem das bombas e dos ataques, morrem de fome, de sede, de epidemias", frisou a antiga eurodeputada.

Ana Gomes salientou temer ainda "isto não só comprometa a vida dos reféns como não elimine o seu objetivo de eliminar o Hamas". "Tudo indica que o objetivo é atrair Israel a uma armadilha que encadeia o alastramento do conflito", acrescentou.

França e Alemanha proíbem manifestações pró-Palestina

Sobre a proibição das manifestações pró-Palestina por parte de França e Espanha, a antiga eurodeputada considerou que "não é aceitável".

"Acho que é preciso exigir respeito pela lei e ordem mas não é aceitável proibir tudo o que seja manifestações que sejam pró-Israel ou pró-Palestina ou pró o que quer que seja", afirmou.

Na ótica de Ana Gomes, "é contrário aos valores europeus".

Recorde-se que o grupo islamita do Hamas lançou a 7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

Leia Também: Jovem britânica desaparecida foi morta pelo Hamas, confirmou família

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas