O deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro recorreu às redes sociais, na terça-feira, para criticar o primeiro-ministro, Luís Montenegro, pela sua ausência na Conferência de Apoio à Ucrânia, no âmbito do terceiro aniversário da invasão russa da Ucrânia.
De realçar que Montenegro não marcou presença na cimeira de líderes internacionais em Kyiv, na segunda-feira, e deveria dirigir, por videoconferência, uma mensagem, que acabou por não ser transmitida devido a problemas técnicos que impediram a ligação.
"Não esteve em Kiev por 'razões de agenda' e a ligação remota 'falhou'. Vergonha alheia… 'As intervenções foram-se sucedendo, mas Portugal nunca foi anunciado no rol das três dezenas de intervenções remotas de primeiros-ministros e Presidentes de, praticamente, todos os países da União Europeia'", lê-se numa mensagem partilhada por Barbosa Ribeiro na rede social X, citando uma notícia da Renascença sobre o assunto.
Não esteve em Kiev por “razões de agenda” e a ligação remota “falhou”. Vergonha alheia…
— Tiago Barbosa Ribeiro (@tbribeiro) February 25, 2025
“As intervenções foram-se sucedendo, mas Portugal nunca foi anunciado no rol das três dezenas de intervenções remotas de primeiros-ministros e Presidentes de, praticamente, todos os países… pic.twitter.com/4CPnhMNjow
De realçar que, já ontem, também o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, havia garantido esta terça-feira que estaria em Kyiv, no terceiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia, se fosse primeiro-ministro.
Para o líder do PS, "Portugal não pode estar de fora" e deve "garantir todas as condições informáticas para que as reuniões aconteçam por videoconferência" com a participação do chefe de Governo português - aludindo ao facto de o primeiro-ministro português, por problemas técnicos, ter tido dificuldade em ligar-se, à distância, à conferência de apoio à Ucrânia.
Numa resposta enviada à Renascença, o gabinete do primeiro-ministro assegurou que Montenegro "esteve presente na conferência por via remota", embora não se tenha visto no videowall projetado pela organização. Sofreu, depois, um "problema técnico" e " não voltou a conseguir ligar-se".
Já o facto de não ter ido à Ucrânia foi justificado com "questões de agenda". Contudo, não tinha agenda pública prevista na segunda-feira.
Leia Também: Montenegro defende Kyiv "forte" para garantir segurança europeia