PS/Amarante vê renúncia de autarca como "desafio à governabilidade"

O PS de Amarante considerou esta terça-feira que a saída prematura de José Luís Gaspar (PSD/CDS-PP) da presidência da câmara para assumir funções na Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa "representa um sério desafio à governabilidade da autarquia".

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© Câmara de Amarante

Lusa
25/02/2025 23:29 ‧ há 6 horas por Lusa

Política

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Para os socialistas, que são oposição naquele concelho do distrito do Porto, a decisão do ex-chefe do executivo "compromete a estabilidade política e administrativa do município".

 

No domingo, José Luís Gaspar renunciou ao cargo naquele que era o seu terceiro mandato, depois de ter sido designado pelo Governo, na quinta-feira, para presidir ao Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa, sediada em Penafiel. Foi substituído no cargo pelo até então vice-presidente e atual líder da concelhia do PSD, Jorge Ricardo.

Hoje, em comunicado, o PS diz que não pode deixar de expressar preocupação face às consequências desta decisão de renúncia ao mandato do presidente.

Os socialistas recordam que, desde a tomada de posse deste executivo, em 2021, já renunciaram ao cargo dois vereadores, "desconfigurando totalmente a equipa que se propôs liderar os destinos de Amarante".

Agora, "com a renúncia do presidente, a instabilidade aumenta, ficando um executivo sem rumo, sem coesão e sem capacidade para garantir um futuro sólido", considera o PS.

Sinaliza ainda que a sucessão "coloca a` frente dos destinos do concelho alguém que não foi eleito para liderar a equipa e que não tem o mesmo mandato político concedido pelo voto popular".

"Analisando a nova distribuição das responsabilidades, percebe-se agora que apenas três dos cinco elementos do executivo PSD/CDS irão assumir pelouros, colocando em causa a garantia de uma boa gestão autárquica", reforçam os socialistas.

Refere ainda que esta renúncia não e´ apenas uma questão de gestão, mas "uma jogada tática" para lançar um candidato às próximas eleições autárquicas, concluindo o PS que os amarantinos "merecem mais do que estratégias políticas e movimentações de bastidores".

À agência Lusa, a Câmara de Amarante não se quis pronunciar sobre as críticas do PS.

Já o PSD local, em comunicado, assinalou que a renúncia de José Luís Gaspar ocorreu para poder "abraçar um novo desafio".

"Fá-lo por uma causa que sempre lhe disse muito, seguramente a única que o faria, uma causa de extrema relevância para Amarante para a região", a necessidade de valorização e aproveitamento do Hospital de São Gonçalo, em Amarante, lê-se no documento.

O PSD concluiu que José Luís Gaspar estará à altura de mais este "difícil e complexo serviço público", ultrapassando "as enormes dificuldades com que vai deparar".

Leia Também: Vice sucede a José Luís Gaspar na presidência da Câmara de Amarante

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