Carlos Avilez. Presidente do PSD considera que "cultura fica mais pobre"
O presidente do PSD, Luís Montenegro, lamentou hoje a morte do encenador e ator Carlos Avilez, considerando que a cultura "fica mais pobre".
© Getty Images
Política Óbito/Carlos Avilez
"O ator, encenador e fundador do Teatro Experimental de Cascais deixou uma marca forte no teatro português. Como ele dizia, 'o teatro é o espelho de um povo'. A cultura fica hoje mais pobre", refere Montenegro, numa publicação na rede social Twitter.
O presidente do PSD manifestou ainda solidariedade "à família, colegas e amigos".
Carlos Avilez morreu hoje, aos 88 anos, em Cascais.
Carlos Avilez deixou-nos aos 88 anos.
— Luís Montenegro (@LMontenegroPSD) November 22, 2023
O ator, encenador e fundador do Teatro Experimental de Cascais deixou uma marca forte no teatro português.
Como ele dizia, “o teatro é o espelho de um povo”.
A cultura fica hoje mais pobre.
A nossa solidariedade à família, colegas e amigos… pic.twitter.com/Y89l3EKovj
Carlos Vitor Machado, mais conhecido por Carlos Avilez, nasceu em 1935, e estreou-se profissionalmente como ator em 1956, na Companhia Amélia Rey Colaço - Robles Monteiro, onde permaneceu até 1963.
Com uma vida dedicada ao teatro, foi um dos fundadores do Teatro Experimental de Cascais (TEC), que completou 58 anos de existência a 13 de novembro último.
Carlos Avilez foi presidente do Instituto de Artes Cénicas, diretor do Teatro Nacional S. João, no Porto, e diretor do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, tendo fundado a Escola Profissional de Teatro de Cascais, a cuja direção pertencia, integrando, também, o corpo docente.
Em 1964, dirigiu o Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC), trabalhou com o ator Raúl Solnado no Teatro Villaret, em Lisboa, e em 1970 foi diretor artístico e responsável pelo dia consagrado a Portugal na Expo'70 em Osaka, no Japão.
Em 1979 foi nomeado, juntamente com Amélia Rey Colaço, diretor da Companhia Nacional de Teatro I - Teatro Popular, então sediada no Teatro São Luiz, em Lisboa.
Trabalhou em França com Peter Brook e na Polónia com Jerzi Grotowsky, e, além de teatro, encenou várias óperas entre as quais "Carmen", "Contos de Hoffmann", "As Variedades de Proteu", "O Capote", "Inês de Castro", "O Barbeiro de Sevilha" e "Madame Butterfly".
Foi agraciado com a Ordem do Infante D. Henrique em 1995 e com as Medalhas de Mérito Municipal da Câmara Municipal de Cascais, de Mérito Cultural da Secretaria de Estado da Cultura e da Associação 25 de Abril.
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