António Lima, líder do BE/Açores, considerou que a decisão anunciada hoje, após uma reunião do Conselho de Estado, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, "era esperada" e, na opinião do partido, "a única possível, tendo em conta a rutura que existiu na maioria que apoiou o Governo Regional desde 2020, que levou ao chumbo do orçamento e que tornou inviável qualquer segunda solução no orçamento".
"A data das eleições era uma das datas possíveis. Nós estamos a trabalhar efetivamente para estarmos preparados para essas eleições, com a rapidez que a data exige", disse.
O BE realçou que, "mais do que fazer análises sobre o que se passou", está agora empenhado em "apresentar as melhores listas possíveis e o melhor programa eleitoral" que resolva "os problemas da região, desde a saúde, a habitação, a educação".
"Temos duas semanas para concluir listas, é naturalmente um desafio, mas um desafio que nós já estávamos naturalmente também a trabalhar e vamos estar prontos sem qualquer sombra de dúvida, com o calendário apertado", afirmou.
O Presidente da República anunciou hoje a dissolução da Assembleia Legislativa Regional dos Açores e marcou eleições regionais antecipadas para 04 de fevereiro, decisão que obteve parecer favorável de Conselho de Estado.
Em 30 de novembro, o Presidente da República ouviu os partidos representados no parlamento açoriano, na sequência do chumbo do orçamento regional para 2024.
Em 2020, o PS, que governava os Açores há 24 anos, ganhou as eleições legislativas regionais, mas perdeu a maioria absoluta no parlamento.
PSD, CDS-PP e PPM formaram uma coligação pós-eleitoral e, com acordos parlamentares com Chega e Iniciativa Liberal, o líder do PSD/Açores foi indigitado presidente do Governo Regional.
Em março, o deputado único da IL e o deputado independente (ex-Chega) romperam os acordos de incidência parlamentar.
As propostas de plano e orçamento da região para 2024 foram chumbadas em novembro com os votos contra de PS, BE e IL (28) e a abstenção de CH e PAN (dois), contando apenas com os votos favoráveis de PSD, CDS-PP, PPM e deputado independente (27).
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