Isabel Moreira critica detenções no caso da Madeira. "Não aceito"
O ex-autarca do Funchal Pedro Calado e os dois empresários detidos há três semanas no âmbito da investigação a suspeitas de corrupção na Madeira ficaram hoje em liberdade, sob termo de identidade e residência, determinou o juiz de instrução.
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Política Madeira
A socialista Isabel Moreira recorreu hoje à rede social X para criticar a duração das detenções no caso da Madeira.
"21 dias. Não aceito. Como nunca aceitei em tudo o que venho escrevendo e dito em anos e anos. 21 dias sem liberdade. Isto não é abril", escreveu a deputada naquela rede social.
Isabel Moreira comentava assim a decisão do juiz de instrução criminal de libertar o ex-presidente da Câmara do Funchal Pedro Calado (PSD) e dois empresários, três semanas depois de terem sido detidos no âmbito de uma investigação a alegada corrupção na Madeira.
21 dias. Não aceito. Como nunca aceitei em tudo o que venho escrevendo e dito em anos e anos . 21 dias sem liberdade. Isto não é abril.
— Isabel Moreira (@IsabelLMMoreira) February 14, 2024
O tema está na ordem do dia não só pela libertação dos detidos, mas principalmente pelo tempo que estiveram retidos de liberdade.
O ex-autarca do Funchal Pedro Calado e os dois empresários detidos há três semanas no âmbito da investigação a suspeitas de corrupção na Madeira ficaram hoje em liberdade, sob termo de identidade e residência, determinou o juiz de instrução.
Segundo o despacho do juiz Jorge Bernardes de Melo, do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, foi aplicada a medida cautelar menos gravosa ao ex-presidente do município, bem como aos empresários Avelino Farinha, líder do grupo de construção AFA, e Custódio Correia, principal acionista do grupo ligado à construção civil Socicorreia.
Na sexta-feira, o Ministério Público tinha pedido prisão preventiva, a medida mais gravosa, para os três arguidos.
A Polícia Judiciária (PJ) realizou, em 24 de janeiro, cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias zonas do continente, no âmbito de um processo que investiga suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.
A PJ deteve nesse dia o então presidente da Câmara do Funchal, que entretanto renunciou ao cargo, e os dois empresários.
A investigação atingiu ainda o então presidente do Governo Regional da Madeira (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, que foi constituído arguido e acabou por renunciar ao cargo, o que implicou a demissão do executivo.
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