Apelos ao voto útil dos indecisos marca 11.º dia de campanha

Os apelos ao voto útil dos indecisos marcaram hoje a campanha, com PS a avisar que AD cortará na despesa social se a conjuntura for de aperto e a AD a pedir votos aos potenciais eleitores do Chega.

Notícia

© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Lusa
06/03/2024 18:23 ‧ 06/03/2024 por Lusa

Política

Eleições

Os apelos ao voto útil ganharam destaque na campanha na noite de terça-feira, com o presidente do PSD, Luís Montenegro, a dirigir-se aos potenciais eleitores do Chega, pedindo-lhes que considerem votar na AD (PSD, CDS-PP e PPM), e afirmando que os respeita, que sabe que não são extremistas nem racistas e que compreende a sua frustração.

Na mesma ocasião, o antigo presidente do CDS-PP Paulo Portas avisou que as eleições "ainda não estão decididas" e apelou aos indecisos que querem mudar de governo que concentrem o voto na AD, acusando o líder do PS, Pedro Nuno Santos, de "ziguezagues" diários sobre a governabilidade e André Ventura, sem o nomear, de inconstância e permanentes "pingue-pongues".

Já hoje, décimo primeiro dia de campanha, o secretário-geral do PS afirmou que cada nova figura que aparece nos comícios da AD faz "lembrar o pior" do passado e que o PS é um "porto seguro" para pensionistas e para a generalidade dos trabalhadores, contrapondo que a AD corta nas pensões e nos salários da função pública logo que há aperto, numa advertência dirigida sobretudo aos eleitores indecisos.

O histórico dirigente socialista Manuel Alegre juntou-se à campanha do PS, na terça-feira, e considerou que, nestas eleições, "trata-se de escolher ser por ou contra o SNS, a escola pública, o rendimento social de inserção, as contas certas, os aumentos de salários e pensões".

Por sua vez, o presidente do Chega, André Ventura, recusou a narrativa do líder do PSD de que o seu partido está a perder votos para a AD, contrapondo que tem "visto precisamente o contrário".

A Iniciativa Liberal (IL) contou com a presença na campanha do seu anterior presidente, João Cotrim de Figueiredo, o qual alertou que a AD sozinha "não vai mudar Portugal a sério", alegando que lhe falta coragem e determinação.

Por parte da CDU (PCP e PEV), o secretário-geral comunista, Paulo Raimundo, reiterou que só o voto nesta coligação pode ser uma resposta contra a "falsa bipolarização entre PS e PSD".

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, defendeu na terça-feira à noite que a escolha nestas eleições é entre "fugir para trás" para uma governação de direita e "puxar para frente" com uma maioria de esquerda na qual os bloquistas tenham uma palavra a dizer, defendendo que "fugir para trás é entregar o poder aos defensores dos cortes nas pensões, do maior aumento de impostos na história, da perseguição às mulheres que foi o Governo com Passos Coelho, Paulo Portas e Montenegro".

A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, defendeu a necessidade de haver mais pluralidade na Assembleia da República, considerando que o país não pode ficar refém de maiorias absolutas nem de alianças "muito pouco democráticas", enquanto o porta-voz do Livre, Rui Tavares, reclamou ter persuadido o antigo ministro das Infraestruturas e secretário-geral socialista a aprovar o Passe Ferroviário Nacional e apelou à eleição de um grupo parlamentar para fazer mais.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

Leia Também: Pedro Nuno apela ao voto de idosos e mulheres (e nega susto com AD)

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas