CDU confia que vai resistir apesar das projeções de perda de mandatos

A CDU manifestou hoje confiança de que vai resistir ao declínio de representação na Assembleia da República, onde tem atualmente seis deputados, apesar das projeções divulgadas às 20h00 apontarem todas para a perda de mandatos.

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© PCP (pcp.pt)

Lusa
10/03/2024 20:55 ‧ 10/03/2024 por Lusa

Política

Eleições

"Neste momento ainda estamos confrontados com as projeções, portanto, ainda estamos longe de saber quais são os resultados globais. Teremos de aguardar por eles. De qualquer maneira, aquilo que verificamos é que nos dados que são apresentados consideramos que há uma resistência por parte da CDU que consideramos importante", afirmou Fernanda Mateus, membro da comissão política do Comité Central do PCP.

Em declarações aos jornalistas, a dirigente comunista reiterou a "coragem e determinação" no cumprimento dos compromissos assumidos com os trabalhadores, "independentemente do resultado final" destas eleições legislativas.

"Estamos confiantes que vamos resistir e seguramente que continuaremos cá a partir do dia 11 a intervir e a contribuir para as soluções do país e para afrontar a política de direita e os projetos reacionários", vincou.

A projeção da RTP aponta um intervalo entre 2% e 4%, correspondendo a dois ou três mandatos; a projeção da SIC coloca a CDU com um resultado entre 1,3% e 4,5%, que se traduz entre um a cinco deputados; a projeção da TVI/CNN dá entre 2,3% e 5,3%, que se expressa num intervalo de um a cinco deputados; e a projeção avançada pela CMTV deixa a CDU com 1,2 a 5,2% dos votos, traduzidos numa representação parlamentar entre um e cinco mandatos.

Sublinhando que "os intervalos são grandes" e que ainda "é cedo" para discutir cenários, Fernanda Mateus relembrou o "património" dos comunistas na defesa dos interesses da população portuguesa e que esse compromisso é para manter.

"Consideramos que os dados apontam para a nossa resistência e o nosso compromisso será no sentido de corresponder ao que fizemos na campanha eleitoral, os compromissos de dar a cara pelos problemas que estão aí e que não estão resolvidos e que essa luta, da nossa parte, vai continuar", insistiu.

Confrontada com um crescimento acentuado do Chega, segundo as projeções divulgadas às 20:00 e os resultados provisórios que vão sendo apurados, Fernanda Mateus defendeu que não se deve isolar o partido de extrema-direita presidido por André Ventura, ao notar que os projetos da Aliança Democrática (AD) e da IL "são projetos de direita reacionários".

"Esse aumento que fala é um libelo acusatório de muita gente que está descontente com a ausência de resolução dos problemas concretos com que se confrontam e que caiu numa força que não vai resolver nenhum dos seus problemas. Teremos de enfrentar, estamos cá para intervir com toda a determinação e coragem", sentenciou.

 

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