Joana Amaral Dias assume ser "a mesma": "Defendemos como princípio a paz"

A psicóloga e comentadora salientou que a democracia também é um pilar do coletivo de extrema-direita, já que, "das sete instituições europeias, só uma é que é eleita".

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Notícias ao Minuto
29/04/2024 15:43 ‧ 29/04/2024 por Notícias ao Minuto

Política

ADN

A cabeça de lista pelo Alternativa Democrática Nacional (ADN), Joana Amaral Dias, assegurou, esta segunda-feira, ser "a mesma" pessoa que era quando integrou o Bloco de Esquerda (BE), partido que, na sua ótica, não diverge assim tanto do coletivo de extrema-direita.

"Não sei se são políticas assim tão diferentes. Quer eu, quer o ADN defendemos como princípio fundamental a defesa da paz. Aliás, é a única candidatura a estas eleições europeias que defende o primado da paz e que recorda a todos que a Europa foi construída em cima da Segunda Guerra Mundial, contra a barbárie que foi o século XX, e é nesse primado que devemos continuar a aprofundar o projeto europeu", disse, em declarações aos jornalistas, depois de entregar a lista do partido que encabeça ao sufrágio de 9 de junho.

A psicóloga e comentadora salientou ainda que a democracia também é um pilar do coletivo, já que, "das sete instituições europeias, só uma é que é eleita".

"Não podemos continuar a ser governados por instituições supranacionais que ninguém escolheu. Quer eu, quer o ADN pugnamos por isso", apontou.

A responsável disse também defender "um projeto onde a distribuição de riqueza seja mais diversa do que é hoje", uma vez que "não podemos continuar a ter 1 a 2% da população mundial a serem detentoras de 98% dos recursos", o que gera "iniquidades perversas".

"Quer eu, quer o ADN, e sim, eu sou a mesma, pugnamos pela liberdade de direitos e as garantias dos povos que estão profundamente ameaçados com esta chamada transição digital galopante, onde se querem impor coisas completamente inconstitucionais e que rasam essas mesmas liberdades e garantias, como a identidade digital ou a imposição do fim do dinheiro físico", exemplificou.

E foi mais longe: "Sou a mesma que foi detida pelas autoridades a locutar justamente contra o lobismo e o monopolismo desenfreado em 2002, a mesma que foi detida em 2003 quando defendia a não invasão do Iraque e a paz à porta do então primeiro-ministro Durão Barroso, sou a mesma que denunciou a auditoria à Caixa Geral de Depósitos, sou a mesma que denunciou o dinheiro que fizeram das nossas pensões tipo casino para jogar na banca de elite no BPN, sou a mesma que tem estado à frente da defesa do dinheiro físico."

Joana Amaral Dias confessou que "gostava de ser eleita" enquanto "esta voz que os portugueses conhecem há mais de 20 anos exatamente com os mesmos princípios e os mesmos valores".

"Gostava de ser esta voz na Europa para defender os direitos de todos os portugueses, mas também de todos os europeus, que estão claramente ameaçados e num retrocesso social e económico que é extremamente venenoso e perigoso", disse.

Recorde-se que o ADN, anteriormente designado como Partido Democrático Republicano (PDR), multiplicou por dez o seu resultado de 2022, tendo arrecadado mais de 100 mil votos nas eleições legislativas de 10 de março.

Muitos eleitores relataram ter confundido os símbolos da Aliança Democrática (AD) e do ADN, o que levou a que ambos os partidos apresentassem queixas junto da Comissão Nacional de Eleições (CNE) pela semelhança das designações nos boletins de voto.

Saliente-se ainda que Joana Amaral Dias foi deputada pelo Bloco de Esquerda entre 2002 e 2005, partido do qual se afastou depois de ter sido criticada por ter apoiado Mário Soares nas eleições presidenciais. Desfiliou-se do coletivo em 2014, ano em que participou na reunião do movimento Juntos Podemos, onde foi admitida a hipótese do movimento se juntar ao partido Livre. Naquele ano, juntou-se ao grupo político Agir, que concorreu às legislativas de 2015 em coligação com o PTP e o MAS. Dois anos depois, foi candidata à Câmara Municipal de Lisboa pelo Nós, Cidadãos!.

Mais recentemente, Fernando Loureiro, fundador do Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP), agora (A)TUA, acusou-a de "traição", depois de ser anunciada a sua candidatura pelo ADN às eleições Europeias. Alega que o partido foi alvo de uma transformação, com a promessa de que a psicóloga e ex-deputada viria a representar a força política nas eleições de junho, o que não se concretizou.  

Leia Também: Joana Amaral Dias vai ser cabeça de lista pelo ADN às eleições europeias

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