De acordo com a pergunta da deputada comunista na Assembleia da República, o incêndio que devastou o Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, "deixou a maior ilha do arquipélago dos Açores numa situação extremamente difícil, enquanto se avoluma a incerteza sobre o projeto de reconstrução, os seus custos e o tempo estimado".
O incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, que deflagrou no dia 04 de maio, obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para vários locais dos Açores, Madeira e continente.
Paula Santos, citada em nota de imprensa, pretende "obter informações detalhadas e fidedignas acerca dos planos existentes para repor a normalidade na prestação dos cuidados de saúde não só aos micaelenses, mas aos açorianos no seu todo".
A parlamentar ressalva que ao HDES, "sendo o maior hospital da região, cabia fornecer um grande número de consultas de especialidade e cirurgias à generalidade das ilhas".
Hoje, o presidente do executivo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) defendeu que a comparticipação do Governo da República para a reabilitação do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) deverá ser de 85%, tal como aconteceu com o furação Lorenzo.
José Manuel Bolieiro referiu aos jornalistas que haverá financiamento da República para as obras a realizar no HDES devido ao incêndio do dia 04 de maio e que, no seu entendimento, a comparticipação deverá ser de 85% do valor da intervenção prevista, que ainda está por definir.
"Há um histórico em termos de compromisso que, no caso do furacão Lorenzo [que atingiu a região em outubro de 2019], o Estado se comprometeu a compensar a reparação dos danos em 85%. É esta a proposta que eu tenho para o Governo da República, neste caso, também assumir [a comparticipação da despesa] de forma solidária", disse o líder do executivo açoriano no final de uma audiência com a direção da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), realizada no Palácio de Santana, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
Leia Também: Açores. Parlamento garante que doentes deslocados não vão sair do hotel