PTP lamenta que madeirenses se tenham habituado a viver com "corrupção"

A cabeça de lista do PTP/Madeira considerou hoje que o resultado das eleições regionais antecipadas de domingo, que deu a vitória ao PSD, sem maioria absoluta, demonstram que os madeirenses se habituaram a viver com a corrupção.

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© Facebook/ Raquel Coelho

Lusa
27/05/2024 06:43 ‧ 27/05/2024 por Lusa

Política

Raquel Coelho

"A corrupção faz parte do quotidiano, do dia-a-dia. As pessoas não só não penalizaram os partidos corruptos, como ainda apoiaram os partidos que apoiam a corrupção, nomeadamente o CDS e o PAN", afirmou Raquel Coelho, em declarações à agência Lusa.

A cabeça de lista do Partido Trabalhista Português (PTP) reagia desta forma ao resultado das eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira de domingo, nas quais o partido obteve 0,90% dos votos (1.222).

As eleições deste domingo foram ganhas pelo PSD, que obteve 36,13% dos votos (49.103) e elegeu 19 deputados, tendo falhado a meta dos 24 para conseguir maioria absoluta.

Seguiu-se o PS com 11 deputados, o JPP que subiu para nove deputados, o Chega conseguiu quatro, o CDS-PP dois e a IL e o PAN elegeram um representante cada.

"Eu acho que a Madeira quer copiar os bons exemplos, entre aspas, que temos no continente. Queremos ter o nosso próprio Isaltino Morais [presidente da Câmara Municipal de Oeiras], não é", questionou, em tom irónico, Raquel Coelho, lamentando que os madeirenses não acreditem que existam outros políticos ou outros partidos que possam "fazer melhor".

Antecipando cenários pós-eleitorais, a cabeça de lista do PTP perspetivou entendimentos entre o PSD, o CDS-PP e o Chega.

"Eu estou convencida de que é esse o cenário. Nós temos o CDS que, obviamente, se o PSD lhes der a presidência da Assembleia e acho que é isso que está em cima da mesa. Depois nós temos o Chega. Vai haver algum acordo, seja de incidência parlamentar, seja proposta a proposta", anteviu.

Catorze candidaturas disputaram os 47 lugares do parlamento regional, num círculo único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas na Madeira ocorreram oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Leia Também: Albuquerque segue para novo mandado disponível para dialogar "com todos"

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