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Domicílios médicos na Terceira foram cancelados por falta de viaturas

Os serviços domiciliários médicos da Unidade de Saúde da Ilha Terceira, nos Açores, terão sido hoje cancelados por falta de viaturas, já que a maioria se encontra avariada, denunciou o deputado único da Iniciativa Liberal na região.

Domicílios médicos na Terceira foram cancelados por falta de viaturas
Notícias ao Minuto

30/09/24 19:04 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Política IL/Açores

"Os serviços domiciliários [médicos] foram todos cancelados no dia de hoje, devido à falta de viaturas. As viaturas estão avariadas, em reparação, inclusivamente a empresa reparadora emprestou viaturas à Unidade de Saúde da Ilha Terceira", avançou, em declarações à Lusa, o deputado da IL nos Açores, Nuno Barata.

 

Segundo o parlamentar liberal, das 12 viaturas existentes na Unidade de Saúde da Ilha Terceira, apenas quatro estão a funcionar, duas no Centro de Saúde de Angra do Heroísmo e duas no Centro de Saúde da Praia da Vitória.

Os domicílios de enfermagem foram assegurados, mas aos médicos terá sido pedido que utilizassem viaturas próprias e as deslocações acabaram por não se realizar. 

"É uma situação que revela um descontrolo e um desnorte total na área da Saúde e que nós não podemos escamotear", acusou Nuno Barata. 

O deputado da IL disse ainda ter tido conhecimento de que outros serviços do Governo Regional, na mesma ilha, nomeadamente da Agricultura, do Ambiente e da Segurança Social, terão cedido viaturas à unidade de saúde "para garantir parte destes domicílios que eram urgentes".

Segundo Nuno Barata, a degradação do parque automóvel das unidades de saúde é "transversal a todas as ilhas dos Açores" e "revela o pouco investimento e o pouco cuidado que foi dito ao longo dos últimos quatro anos" pelo atual executivo açoriano (PSD/CDS/PPM).

"O novo paradigma de governação infelizmente tem deixado os Açores e os açorianos numa situação lastimável, principalmente ao nível da Saúde, da Educação e até ao nível de alguns serviços", acusou.

Para o parlamentar, que é também coordenador da IL nos Açores, a coligação PSD/CDS/PPM, que governa a região desde 2020, já podia ter investido na frota das unidades de saúde.

"Houve mais que tempo, houve mais que dinheiro e houve várias soluções. Tivessem cortado nalgumas gorduras, não tivessem aberto os cordões à bolsa para ganhar votos com algumas áreas profissionais e provavelmente teriam tido verbas disponíveis para fazer face àquilo que era preciso ser feito", apontou.

O Orçamento da Região para 2024 só foi aprovado em maio, porque a anterior proposta foi chumbada em novembro e as eleições foram antecipadas para fevereiro.

Nuno Barata considerou, no entanto, que "a não existência de um orçamento não serve de desculpa", nem o incêndio que afetou o Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, em maio.

"Isto é mesmo incompetência. É incompreensível da nossa parte, inadmissível, mesmo, que esse tipo de situações continuem a acontecer nos Açores", frisou.

"É preciso mais competência, é preciso mais dedicação aos setores da Saúde e da Educação e é preciso, acima de tudo, que deixem de fazer politiquice e passem a fazer política a favor dos cidadãos, sob pena de vermos os populismos e os de totalitarismos crescerem cada vez mais por desalento das pessoas, que não veem os seus principais problemas acudidos a tempo e a horas", rematou.

A Lusa tentou obter uma reação da Secretaria Regional da Saúde dos Açores e da Unidade de Saúde da Ilha Terceira, sem sucesso até ao momento.

Leia Também: Autoridades alertam para agitação marítima no arquipélago dos Açores

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