Deputado do Livre reúne-se com imigrantes e acusa Governo de ceder ao populismo

O deputado do Livre Paulo Muacho reuniu-se hoje com os imigrantes que estão a manifestar-se junto ao parlamento e acusou o Governo de ceder ao populismo da extrema-direita, quando, "de forma atabalhoada", extinguiu as manifestações de interesse.

Notícia

© Paulo Alexandrino/Global Imagens

Lusa
25/10/2024 16:12 ‧ 25/10/2024 por Lusa

Política

Livre

Esse "mecanismo ainda que tivesse problemas na sua implementação prática permitia às pessoas chegarem a Portugal, começarem a fazer os seus descontos e estarem numa situação que não é de irregularidade, não é de falta de documentação", afirmou Paulo Muacho ao fundo da escadaria do parlamento.

 

"O Governo entendeu ceder à retórica da extrema-direita na imigração, ceder à pressão do Chega, usar este tema de uma forma que consideramos populista e condenável", afirmou Paulo Muacho.

Atualmente há "milhares de pessoas que estão no limbo, sem saberem o que lhes vai acontecer, a continuarem a trabalhar todos os dias, sem terem a certeza do estado português se terão um documento ou segurança", disse o deputado do Livre, recordando que sem as manifestações de interesse o país terá de regressar às "regularizações extraordinárias", porque "as pessoas vão continuar a vir".

Para Paulo Muacho, "o problema é sempre a AIMA não ter recursos para dar resposta aos pedidos que recebia" e não as manifestações de interesse, um processo que teve uma "extinção de uma forma atabalhoada", que levou hoje o parlamento a ter de aprovar um regime transitório que "permite resolver o problema de quem já tinha os seus descontos e não tinha apresentado o pedido formal".

O fim das manifestações de interesse "não resolve o problema das pessoas que continuam a chegar a Portugal" porque a "economia precisa", acrescentou.

"As pessoas vão continuar a vir e não vão ter forma de o fazer de uma forma segura e regular. E isso só vai fomentar as redes de tráfico que o governo quer combater", concluiu.

Leia Também: AR aprova resoluções pela defesa dos direitos das mulheres iranianas

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas